Hoje foi o
primeiro dia da Primavera, a minha estação preferida e com ela veio a chuva
mesmo a pedir para que se fique em casa. Lá fora a água cai, lava e leva tudo o
que é ruim para fora das nossas vidas. Assim creio. A natureza é sábia e este
dia que marca o início de um novo ciclo é um sinal de esperança.
Cá em
casa, hoje, só o genro saiu para trabalhar. A menina da padaria teve folga.
Cada um fez o que pôde para se manter ocupado. No r/chão encontrei o marido num
intercâmbio musical com alguém do outro lado da tela do telemóvel. Na varanda
do 1º andar a filha meditava ao som da chuva e de um vídeo gravado por uma conhecida
e querida professora de Yoga. Subi ao sótão e assisti à filha mais nova a fazer
uma aula de zumba de uma professora em directo.
Não, o
mundo não está perdido. Ainda há esperança para a humanidade. Cada um através
das redes sociais tenta chegar aos outros e dar um pouco de si. Todos separados,
mas tão próximos. São dádivas feitas com o coração e o isolamento social
torna-se menos duro. É desta vibração que a humanidade precisa.
O serão
prosseguiu com o marido, que é músico, a cantar em directo para um jornal
online aqui da zona. Foi um momento bonito e animado e tenho a certeza que quem
estava do outro lado, nas suas casas, se sentiu menos só.
🍀
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