março 20, 2020

Quarentena - dia 7





Hoje foi o primeiro dia da Primavera, a minha estação preferida e com ela veio a chuva mesmo a pedir para que se fique em casa. Lá fora a água cai, lava e leva tudo o que é ruim para fora das nossas vidas. Assim creio. A natureza é sábia e este dia que marca o início de um novo ciclo é um sinal de esperança.

Cá em casa, hoje, só o genro saiu para trabalhar. A menina da padaria teve folga. Cada um fez o que pôde para se manter ocupado. No r/chão encontrei o marido num intercâmbio musical com alguém do outro lado da tela do telemóvel. Na varanda do 1º andar a filha meditava ao som da chuva e de um vídeo gravado por uma conhecida e querida professora de Yoga. Subi ao sótão e assisti à filha mais nova a fazer uma aula de zumba de uma professora em directo.

Não, o mundo não está perdido. Ainda há esperança para a humanidade. Cada um através das redes sociais tenta chegar aos outros e dar um pouco de si. Todos separados, mas tão próximos. São dádivas feitas com o coração e o isolamento social torna-se menos duro. É desta vibração que a humanidade precisa. 


O serão prosseguiu com o marido, que é músico, a cantar em directo para um jornal online aqui da zona. Foi um momento bonito e animado e tenho a certeza que quem estava do outro lado, nas suas casas, se sentiu menos só.

🍀

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