Hoje a Helena
foi trabalhar, alguém tem de vender o pãozinho que tanto gostamos de ter às
refeições. De nós cinco, neste momento, é a que está mais exposta. A Diana foi
mandada para casa, até ordem em contrário. O Genro ainda foi trabalhar. Por
enquanto.
Temo-nos
organizado conforme podemos e sabemos. A Diana está encarregue das idas ao
supermercado e hoje foi dia de o fazer. Somos cinco adultos a comer todos os
dias e não fizemos “açambarcamento” de produtos. Aliás, confiamos que comida não
há-de faltar e vamos comprando à medida das necessidades, tendo apenas uma
pequena reserva para não sairmos todos os dias. Hoje fomos três a almoçar em
casa e dei por mim a racionar a salada para dar para duas refeições. Na lista
de compras não constavam itens para saladas e preferi só alimentos que vão ser
cozinhados. Talvez numa próxima venham e os meta em água e vinagre, que também
é um bom desinfectante.
Na entrada
da casa temos a zona suja, onde se deixa o calçado que vem da rua, casacos e
malas. Um resto de álcool (sempre fez parte da minha farmácia) e algodão para
desinfectar telemóveis, ou o que for necessário. E sabão azul na casa de banho da entrada, onde se
deixam roupas que vêm de fora e se muda constantemente as toalhas. Nunca a
minha máquina de lavar trabalhou tanto! Nem quero pensar na conta da água no
próximo mês…
Quando a
Diana chegou com as compras houve todo um processo de desinfecção e retirada das
embalagens exteriores, antes de acomodar tudo na despensa ou no frigorífico.
Algumas embalagens ficaram na zona de quarentena, até passarem uns dias antes
de lhes mexermos.
Chamem-nos
loucos, mas mais vale prevenir do que remediar. Assim sentimo-nos mais
tranquilos no nosso refúgio. Não conseguimos controlar tudo, mas fazemos o
melhor que sabemos. Ontem tivemos o segundo infectado confirmado, pessoa muito
próxima de familiares nossos. Dali podem vir outros casos, pelo que todo o
cuidado é pouco.
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