Hoje
deu-me para isto. Para remexer no passado, ou nos antepassados. Fui buscar o
dossier dos registos de nascimento que “pesquei” durante manhãs ou tardes
inteiras no arquivo de Santarém. Tenho os papéis até 1862, daqueles que pertencem
a este arquivo. Isto começou em 2008, com o curso de astrologia. Apanhei-lhe o
gosto e durante anos pesquisei, e pesquisei… Sempre que encontrava o registo
daqueles que me deram a genética, eu ficava eufórica e “bebia” cada palavra
(muitas vezes hieróglifos) com tal paixão que quase os via materializarem-se na
minha frente. O saber ler os mapas astrológicos também ajudava e agradecia por
se lembrarem de lá terem escrito as horas, se é que as sabiam mesmo. Quero
acreditar que sim e que não trapacearam o padre da época (que era quem fazia o
registo de nascimento de há 100 anos para trás). Às vezes até no dia se
enganavam, quanto mais na hora, mas quero acreditar que os meus não. Que é
mesmo aquilo que vem nas fotocópias que me deram. E sou tão agradecida!
A certa
altura empanquei. Não havia mais nada. Ou eram anos desaparecidos num incêndio e
lá se foi a trisavó. Ou era o nome da bisavó que não coincidia com as filhas do
pai delas. Ou então nasceram fora do meu alcance, espalhados por várias partes
do país. E ir a Évora, Portalegre, Coimbra, Viseu e mais uns quantos não me
pareceu assim tão viável… Ou a Torre do Tombo que foi ficando sempre para
depois.
Hoje dei
por mim a remexer no puzzle e na impossibilidade de sair de casa, comecei a
pesquisar no Google. Acho que tenho peças para juntar por um bom tempo…Assim
espero, porque tempo é o que não me falta e a cabeça está ocupada.
🍀
Sem comentários:
Enviar um comentário