maio 30, 2023

O primeiro encontro

 

Faz hoje anos que começou a nossa bonita história. Trinta e nove. O dobro +1 daqueles que eu tinha. (Re) conhecemo-nos no meu mês. Foi um encontro de almas amigas, ou almas amores, só pode. Não almas gémeas porque não somos iguais. Completamo-nos isso sim. Gostámo-nos e continuamos a gostar-nos. Um do outro. De nós. E de nós mesmos. Passou-se uma vida, mas parece que foi ontem, que bati com os olhos no rapaz loirinho de farda. Os meus olhos encantaram-se e o coração também.

Pena que as fotografias do dito jardim encantado só as tenho na minha cabeça. São memórias vivas, com movimento e cheiro e a cores bem marcantes. Actualmente é um jardim minimalista. Sem flores. Com cores quase monocromáticas. Estranhamente, continua a não fazer parte do meu arquivo fotográfico. Mas uma coisa está igual, o tempo. E isso remeteu-me para as ditas alterações climáticas… Foi um mês de sol, lembro-me bem. Neste dia, há 39 anos, literalmente, um raio de sol iluminou aquele que viria a ser meu namorado dias depois e marido no ano seguinte. Combinámos encontrar-nos 3 dias depois, que por mão do destino passou a terceiro encontro e não segundo… No grande dia, naquele com encontro marcado, choveu e fiquei com a roupa colada ao corpo por duas vezes. Não fosse a febre da juventude e a falta de telemóveis e teria voltado para casa. Naquele tempo as comunicações faziam-se por telepatia, mas pela via das dúvidas, achei melhor não faltar ao encontro. Queríamos, tanto eu como ele, mas sabe-se lá se a nossa história teria acabado ainda antes de começar.  

maio 06, 2023

O meu aniversário

 


Ontem adicionei mais uma Primavera à minha vida. Já lá vão 58. Podiam se 30 ou 80. Ou umas centenas delas, a ter em conta o tempo de vida da minha alma. Ou até mais. Tenho em mim uma alma velha e toda a sabedoria possível que esta me trouxe (e traz!). Mas, olho a vida pelo olhar de uma jovem que tem ainda muito para conhecer. E entusiasmo-me com cada pôr-do-sol nos fundos da minha horta. Por cada flor que desabrocha no canteiro. E as rosas que lindas que são! Os meus olhos mergulham todas as tardes nas suas belas cores.

 

Cada dia um novo sonho (sentido ou a realizar-se). Cada pormenor que me empolga e me enche de entusiasmo pela vida. Sou feliz com tão pouco, mas que é tanto. E é disto que sou feita. De momentos. De sonhos. De cor. De contemplação. De risos. De pessoas. Das minhas pessoas.

 

Ontem fui agraciada com um pequeno-almoço especial preparado pela minha filha mais velha e às 8h da manhã estavam a cantar-me os parabéns. Impensável não ter um dia feliz com um amanhecer assim. Ao almoço tive a companhia da mais nova e deslumbrei-me com o belo ramo de rosas que me trouxe. Adoro rosas. Eu mesma sou Rosa. Como poderia não gostar de flores? Os meus genros que também são filhos também se fizeram presentes neste dia. A pequenina Benedita, encanto dos meus olhos, brindou-me com o seu mais belo sorriso logo pela manhã. E presente em todas as horas, aquele que melhor me conhece e tanto tem contribuído para eu ser quem sou hoje, feliz e com um brilho no olhar, o meu querido marido, o meu companheiro de sempre (nesta e provavelmente noutras vidas).

 

Sou grata à vida por tudo o que me tem permitido ser.

 

Para terminar, não posso deixar de frisar o orgulho que sinto por ter nascido no dia Mundial da Língua Portuguesa, mesmo que este dia tenha nascido depois de mim. Eu que gosto tanto de escrever!

 







🙏

março 07, 2023

Cinco tostões de gente!

 



Mulherzinha em ponto pequeno. Cinco tostões de gente, mas enorme nas nossas vidas.

 

Dois anos feitos no Sábado. A nossa menina está crescida. Dois, um número pequeno mas que revela já uma grande maturidade. Come sozinha desde muito pequenina. Calça-se sem ajuda. Todos os dias nos surpreende com pormenores e em atitudes. E eu, avó babada que sou, fico com um ego gigante. Bem sei que fosse ela menos inteligente, menos esperta, menos tudo, eu seria sempre uma avó enternecida e embebecida.

 

Enche-me de beijos quando aqui vem. Beijos doces e repenicados. E que abracinhos tão bons vêm dos seus pequenos braços. Gosta de me fazer festinhas na cara. É um doce esta minha menina. Ou melhor, agri-doce (mas mais doce que agri, é certo). Um doce salgado. Doce de lima ou limão como eu gosto.

 

Peixinhos com ascendente Escorpião. Quanta sensibilidade e percepção!




 






































                                                                                   💖                                           

fevereiro 13, 2023

Por terras de Baco (ou de Dionísio)...


 O tio Joaquim, mestre na arte da poda, a ensinar o aspirante a agricultor como se faz uma cepa. E estas são das boas. Na última colheita, já em tempo de obras, pisguei-me algumas vezes para colher os doces bagos perdidos no meio das ervas altas. Não percebo nada de castas, mas aqui encontrei algumas variedades. Uva de mesa. Bagos grandes. Brancos. Tintos. Cachos de uva pequena e doce como tantos que cortei nas minhas férias escolares e que tinham como destino um qualquer lagar onde seriam esmagados e transformados em vinho. Pouco sei da cultura da vinha, mas sei que esta pequena amostra é muito mais do que eu esperava. E também sei que tenho muito trabalho pela frente. Muita terra para cavar. Muito que limpar. Mas, como boa “taurina” que sou, chegarei lá. Trabalhar a terra faz parte do sonho e do signo. Mexer na terra é terapêutico. Pelo menos para mim.




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