janeiro 23, 2019

19 para 2019 - desafio



























Para quem leu o meu “pendências da vida”, não pense que estou a dar o dito por não dito. Estou só a fazer um pequeno desvio à rota. É que um(a) blogger não é de ferro e há desafios que nos deixam com os dedos em frenesim para carregar nas teclas… E eu deixei-me convencer pelo desafio da Beatriz do blog “Procrastinar também é viver” e pelo Pedro Neves da equipa “Blogs do Sapo”.

Bem, eu não vou fazer uma lista de objectivos e muito menos de Resoluções para este ano que está a decorrer, porque é frustrante chegar ao final e a lista nem ainda vai a meio de ficar concretizada. Vou sim escrever uma lista de desejos. E desejos é como algodão doce. É agradável aos sentidos, mas pouco consistente. Encanta aos olhos, mas pufff e esfuma-se ao vento… No entanto, ninguém se chateia com isso. Vale pelo momento.

Então cá vai:

19 para 2019

1- Publicar mais. Conseguir ser mais regular nas publicações

2- Chegar aos 500 seguidores  - vá lá caros colegas bloggers, dêem aqui uma ajudinha! J
3- Percorrer algumas levadas e veredas da Ilha da Madeira
4- Pintar mais  (paredes não faltam e o resto arranja-se)
5- Encontrar a pedra filosofal (ah, esqueçam, já encontrei *)
6- Ir até à beira-mar mais do que em 2018 (o que nem é difícil)
7- Retornar à bricolage e restauro (mas sem as desagradáveis reacções na pele ao pó da lixagem)
8- Pôr em dia a lista (enorme) de objectos que ainda tenho para restaurar (tem a ver com o item anterior)
9- Encontrar um tapete voador
10- Ter Primavera pelo menos em metade do ano
11- Fazer algumas viagens (de preferências reais)
12- Pôr em prática o projecto do sótão
13- Ter mais flores
14- Deixar crescer o cabelo até aos pés (brincadeira! ) J
15- Livrar espaço em disco (pc e disco externo)
16- Tirar mais fotografias (depois de realizar o item anterior, de preferência)
17- Ganhar o euromilhões (coisa quase improvável visto eu não jogar)
18- Encontrar os meus antepassados até ao tempo do Afonso Henriques (já vou no ano de 1800 mais coisa menos coisa, o que já não é mau)
19- Realizar os 18 anteriores


* dizem que a pedra filosofal consegue converter a mais dura e reles pedra ou metal em ouro ou pedra preciosa, curar doenças, prolongar a vida, transformar a escuridão em luz que nunca se apaga e ainda dá a juventude eterna… E esta poção mágica não será a capacidade de sonhar? Já dizia António Gedeão que é o sonho que comanda a vida!



Ufa! Consegui!
(desejos não faltam, mas nem todos são exprimíveis ou para sair do segredo dos deuses.) :D  



                                                                                     Imagem: ilustrador Jesuso Ortiz 

janeiro 21, 2019

A minha sala - pintura concluída







A vida a cores tem outra graça e a minha (sala) ganhou outro encanto quando peguei nos pincéis e decidi fazer dela uma tela. Podem ver aqui e aqui o início desta obra, que demorou algum tempo até que a pudesse considerar finalizada, porque os pormenores são muitos e foi tudo pintado com pincel fino. Lápis só mesmo o de carvão para fazer os traços base, linhas estas que me conduziram ao longo de toda uma bela caminhada que me deixou mais experiente e com vontade de pintar mais e mais. E a ideia de mudar de casa, de trocar o mais interior pelo mais exterior, foi-se. Esfumou-se. Enquanto houver telas (paredes) em branco, a aventura faz-se aqui. Bem, não completamente, porque ainda tenho umas viagens por fazer…


Este é o meu local de trabalho, o meu atelier de artes esotéricas, a sala onde dou as consultas de tarot e astrologia.


A seguir à grande mandala seguiram-se outros círculos e o desenho no seu todo, forma uma roda astrológica. Cada pequeno desenho tem inscrito no seu interior, o símbolo de um signo. Apenas Peixes não está numa forma circular e sim numa Hamsa (ou mão de Fátima). E porquê? Porque é o signo mais esotérico de todos e aquele que estava na linha do horizonte no momento do meu nascimento. É o meu signo ascendente e faz todo o sentido que esteja lá no alto, no “Meio do Céu”, como se diz em astrologia.

Quem ali entra, (até agora sem excepção), pergunta-me o porquê do espaço no centro estar em branco. Ora, é onde eu me encaixo! :)

(Brincadeira! Já disse ali em cima que é uma roda astrológica, e como tal, tudo gira em torno de um centro em branco. Também lá podemos colocar os traços dos aspectos entre planetas, ou então os dados da pessoa para quem se faz o levantamento do mapa.)








Vejam as próximas publicações, onde irei colocar mais detalhes sobre cada desenho. Gostaria de ter registado todo o processo em vídeo para vos mostrar a “técnica” e tudo o mais, mas ainda não foi desta. Quem sabe num próximo trabalho…

Daqui, com óptimas vibrações energéticas,
a maga 🙏


janeiro 14, 2019

As pendências da vida...


























Deixei de fazer as resoluções de Ano Novo porque cheguei à conclusão de que ficam sempre desejos por resolver e de assuntos pendentes está a vida cheia. Promessas, já nem à nossa Senhora de Fátima! Se tenho objectivos? Tenho, e um deles é ser mais organizada para conseguir realizá-los, mas sem pressões porque o meu lado pisciano não gosta nada disso! :D
Lá terei de voltar às listas que são sempre uma boa forma de não perder objectivos e tempos. Cada coisa no momento certo. E eu sou óptima a deixar passar oportunidades!

(Este post é um bom exemplo disso, já era para ter sido publicado há duas semanas e só hoje saiu das pendências. ) :D

Há dias (ali pelo Natal), fui limpar os ramos da aboboreira que pendiam secos da cerca de paletes e do muro que nos separa do quintal da vizinha e ganhei um bónus. Puxava e puxava e a guia, ou troço, ou lá como lhe queiram chamar, estava difícil de vir toda cá para o meu lado. Pensei que estivesse presa algures, pelo que dei a volta à cerca e não é que do outro lado, pendia esta linda e grande abóbora?! A aboboreira cresceu por ali afora sem controlo, mas devido ao sombrio das árvores e de outras espécies que com ela coabitaram, não deu em nada (achávamos nós!).

Contra todas as expectativas, nasceu e cresceu entre as folhas da planta mãe e as canas-de-açúcar, pendurada do lado de dentro do muro de paletes, escondida dos nossos olhares. Sem sol, amadureceu tardia e em vez da cor amarela, ficou sempre verde. Ainda não a cortei, por isso não sei se está comestível, mas espero vir a fazer uma sopa com ela.

E é assim com tudo na vida. Tudo tem o seu tempo certo. Tudo tem o seu ponto de maturação. Se somos apressados e colhemos antes de tempo, o resultado pode ficar aquém do desejado. Se andamos a “empurrar com a barriga”, ou à espera de sabe-se lá o quê, sujeitamo-nos a que a ideia inicial resulte em algo meio sem graça e muitas vezes fora de contexto.

Podemos ainda retirar uma outra lição… Esta minha abóbora é um exemplo real de que, desistir nunca! Com perseverança, mesmo que o resultado não receba uns “Uau’s” de admiração e nem seja digno de um Óscar, vale sempre a pena.

🙏

janeiro 07, 2019

Bréhat, a ilha nos meus sonhos?





Na minha frente tinha uma paisagem lindíssima. Lá ao fundo, mais abaixo, podia-se ver o mar sem ondas a banhar uma pequena margem de pedras ou areia endurecida em vez dos típicos extensos areais das nossas praias, orlada por uma zona verde. Tinha comigo a minha máquina fotográfica (é sempre assim nos meus sonhos quando o cenário é uma paisagem linda, exótica e inesquecível). Também se repete o padrão do não chegar a fotografar, ou de ser confrontada com algum impedimento para tal. Desta vez não houve impedimento, eu é que me perdi um pouco na contemplação e exploração da zona envolvente. A minha filha desceu à praia e voltou a subir a encosta, acompanhada por outra jovem que conheceu lá. Começou a entardecer e eu sabia que estava a ficar tarde e precisava voltar, mas o momento era o ideal para tirar umas boas fotografias com toda aquela luz de pôr-do-sol. No caminho passei por uma casa (havias pouquíssimas naquela zona). Algumas pessoas entravam e saíam e eu fiz o mesmo. A casa térrea era pequena, de construção antiga, rectangular, um misto de pedra com madeira. Estava mobilada num estilo meio provençal rústico, meio boémio chic. Tinha umas janelas envidraçadas grandes. Fui espreitar e vi uma curva da praia cercada de árvores. De outra janela a água era mais extensa, parada, que mais parecia uma lagoa. Senti que podia viver ali. Sentia-me em casa.

Dirigi-me à dona da habitação, que se encontrava de volta de uns papéis, talvez relacionados com a compra da mesma. Tentou ocultar de mim o que lá estava escrito, mas percebi que eram antigos e vislumbrei algures numa página o símbolo do nosso “cifrão”. Perguntei-lhe se queria vender e ela respondeu que estava a pensar nisso… Falou em algo que me pareceu serem uns 84 mil e tantos euros (esqueci os números miúdos)… Achei até em conta para a zona.

Voltei a sair da casa e dei comigo acompanhada por um rapaz que me foi mostrar uma lagoa. Já não era a mesma parte de mar. Era uma lagoa a sério (ou parecia), num terreno agora mais plano, mas perto de onde tinha estado antes. Era tudo perto. À volta tinha arbustos e árvores e a água na margem deixava ver o fundo. Até aqui pensei estar em Portugal. Todos à minha volta falavam em português. Até que o rapaz me disse o nome da terra…Qualquer coisa que me esqueci, seguida de algo parecido com “Ildefrance” ou “Ildefrench”. Disse-o de uma forma melodiosa, cantada e eu achei piada. Só aí percebi que estava em França. Acordei.

A sensação dentro do sonho foi muito boa, feliz. Ao acordar senti-me eufórica e não resisti em procurar no Google se existe alguma terra assim.

Descobri que em tempos houve uma província chamada de Île-de-France, habitada por uma tribo de celtas uns séculos antes de Cristo e que deu origem à actual Paris. Faz sentido. Nunca lá fui mas gostava e digo muitas vezes que devo lá ter vivido noutra vida. Mas, não tem mar e o rio Sena não tem nada a ver com as imagens do meu sonho.

Continuei a procurar e para meu espanto encontrei uma ilha, Île de Bréhat... Brehat, uma ilha de França… Em Francês, Île-de-France. Bem pode ser a “Ildefrance” do meu sonho. O mar em tudo muito semelhante ao mar do meu sonho, assim como a paisagem…

Pensei que tinha de contar ao marido, não o próximo, mas o nosso destino de algum dia, mas estava com pressa para tratar do almoço… E nesse momento o telemóvel tocou!

Depois de ouvir o meu sonho e a minha descoberta e de lhe acrescentar que fica no norte de França, do outro lado só ouvi uma gargalhada e um:

- Achas mesmo que vou para o frio? Vai lá mas é tratar do almoço para a miúda!

  FIM


Ele é friorento. Nasceu e cresceu numa ilha com temperatura amena o ano todo. Teve até alguma dificuldade em se adaptar aos Invernos mais rigorosos da região interior continental. O frio também é inimigo das minhas hérnias e nervo ciático, mas mesmo assim continuo em estado de euforia.

Diria mesmo, que a euforia da descoberta vai durar enquanto durar a recordação do meu sonho…

Alguém aí, entre os meus queridos leitores e leitoras que conheça esta região que esta noite (mais precisamente manhã), povoou os meus sonhos?




                                                       Fonte da imagem: Flickr