Deixei de fazer as resoluções de Ano Novo
porque cheguei à conclusão de que ficam sempre desejos por resolver e de
assuntos pendentes está a vida cheia. Promessas, já nem à nossa Senhora de
Fátima! Se tenho objectivos? Tenho, e um deles é ser mais organizada para
conseguir realizá-los, mas sem pressões porque o meu lado pisciano não gosta
nada disso! :D
Lá terei de voltar às listas que são sempre uma
boa forma de não perder objectivos e tempos. Cada coisa no momento certo. E eu
sou óptima a deixar passar oportunidades!
(Este
post é um bom exemplo disso, já era para ter sido publicado há duas semanas e só
hoje saiu das pendências. ) :D
Há dias
(ali pelo Natal), fui limpar os ramos da aboboreira que pendiam secos da cerca
de paletes e do muro que nos separa do quintal da vizinha e ganhei um bónus.
Puxava e puxava e a guia, ou troço, ou lá como lhe queiram chamar, estava difícil
de vir toda cá para o meu lado. Pensei que estivesse presa algures, pelo que
dei a volta à cerca e não é que do outro lado, pendia esta linda e grande
abóbora?! A aboboreira cresceu por ali afora sem controlo, mas devido ao sombrio
das árvores e de outras espécies que com ela coabitaram, não deu em nada (achávamos
nós!).
Contra
todas as expectativas, nasceu e cresceu entre as folhas da planta mãe e as canas-de-açúcar,
pendurada do lado de dentro do muro de paletes, escondida dos nossos olhares.
Sem sol, amadureceu tardia e em vez da cor amarela, ficou sempre verde. Ainda
não a cortei, por isso não sei se está comestível, mas espero vir a fazer uma
sopa com ela.
E é assim
com tudo na vida. Tudo tem o seu tempo certo. Tudo tem o seu ponto de maturação.
Se somos apressados e colhemos antes de tempo, o resultado pode ficar aquém do
desejado. Se andamos a “empurrar com a barriga”, ou à espera
de sabe-se lá o quê, sujeitamo-nos a que a ideia inicial resulte em algo meio
sem graça e muitas vezes fora de contexto.
Podemos
ainda retirar uma outra lição… Esta minha abóbora é um exemplo real de que,
desistir nunca! Com perseverança, mesmo que o resultado não receba uns “Uau’s”
de admiração e nem seja digno de um Óscar, vale sempre a pena.
🙏
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