dezembro 22, 2019

Natal, Yule e a magia do Inverno





Hoje, dia 22, quando acordarmos pela manhã, podemos agradecer ao Senhor do Tempo a visita do Inverno que aguardou silenciosamente a sua vez de reinar e agora chega de mansinho. Traz vestido um longo manto branco debruado a cinza, ornado por contas de gotas de chuva e na cabeça todos os galhos das árvores despidas. Atrás de si deixa um aroma a velhoses de abóbora e uma suave magia com as cores do Natal e luzinhas a piscar. Na sua mão esquerda ergue uma tocha para iluminar as longas noites escuras como breu, enquanto lança braçadas de azevinho de bolinhas vermelhas e dá lustro às folhas de agulhas verde-escuro dos pinheiros.

Bem- vindo Senhor Inverno!
Feliz Natal. Feliz Yule.


                                                                                                                             Imagem: Pinterest

dezembro 13, 2019

No país das maravilhas







As pinturas no cantinho da Alice estão terminadas. Se não tínhamos nenhuma Alice, passámos a ter. Se já fazia parte do nosso imaginário desde crianças, agora passou a fazer parte do nosso dia-a-dia e sempre que subimos ao 1º andar lá está ela à espreita. À espreita está também o gato risonho empoleirado no espelho grande e a Milka ganhou uma nova companhia. O coelho anuncia que é tempo de fazer alguma coisa. Flores é que não faltam. Cogumelos. Amores-perfeitos. A estrada de xadrez que nos leva para lá do nosso imaginário e a um belo chá das cinco.


Para quem não souber que caminho escolher, é só escutar dentro si que sentimento fala mais alto e seguir as setas.

Gosto tanto deste meu jardim!



























💗




dezembro 05, 2019

A colheita deste ano





Há cinco anos tínhamos nós uma trepadeira que só não invadiu os quintais vizinhos porque não calhou. Ou porque nós não a deixámos esticar-se mais. O nosso quintal já por si uma autêntica selva, ficou que nem cenário de filme do Tarzan, com aquelas corriolas todas por ali a baloiçarem. Às vezes punha-me a espreitar através da vidraça da janela da cozinha para ver a Chita, mas a única coisa que vi foram as minhas gatas ou algum melro a voar de ramo para ramo e a saltitar no meio dos canteiros à procura de alguma minhoca. Houve até momentos em que tive a sensação de ouvir o famoso grito do galã, mas afinal era só o vento. Da nespereira transformada em chuchuzeiro, resultou a modéstia quantia de 230 quilos e mais meia dúzia de chuchus. Ou seriam pimpinelas?

Este ano demos permissão a um pezito para crescer, mas confinado a um daqueles canteiros estreitinhos que o marido construiu com o tijolo de burro dos vizinhos. Mesmo assim, entre ramos sobreviventes pendurados por cima do meu jardim das fadas e alguns que se escapuliram e esconderam no meio da árvore grande, colhemos bem uns 30 kg. Uns acabaram feitos em doce, outros repousam em metades no congelador para as sopas e uns poucos esperam (mas não esquecidos) no saco. Se me descuido, não tarda tenho uma selva dentro de casa, tal é a velocidade com que aquilo grela e se desenvolve.  


Podem ver a selva do outro ano aqui e aqui com a receita do doce de Chuchu.  








novembro 21, 2019

Balança mas não cai...


(onde é que já ouvi isto?... ) 😃














E chegou Balança numa pose Zen, escarrapachado numa flor de Lotus. Assim o meu jardim planetário (ou zodiacal) fica mais completo. Vem ligeirinho e com todas as energias boas em cima. Ou quase todas, que nada é perfeito nesta vida. 

Balança (ou Libra), só quer é paz mas dá por si, muitas vezes, envolto em discussões de tanto defender as minorias, os mais fracos, os desprotegidos, os não presente, ou só porque sim, para ser do contra. É assim a modos que uma justiça imparcial a tender para o lado que dá mais jeito defender naquele momento. Sim, porque no momento seguinte a realidade já pode ser outra e o que importa mesmo é defender o seu ponto de vista, mas se for preciso sacrificá-lo em nome da paz e da boa convivência também se arranja.


Às vezes advogado do diabo, noutras moderador, mas sempre um grande comunicador. Por onde passa deixa um rasto de sedução e elegância, com um toque artístico, mas envolto numa nota clássica, conservadora.

Sempre em busca do equilíbrio vão balançando ora para um lado, ora para o outro, por isso são apelidados tantas vezes de indecisos.  Mas lá vão continuando, de preferência acompanhados…


























novembro 20, 2019

O M de Virgem





Ali entre Leão e Balança está Virgem como uma parte de um todo. Uma pequena parte de um enorme universo na Via Láctea e na minha mandala astrológica. Faz parte de Virgem dissecar e separar todas as partes até ao mínimo pormenor, para o integrar depois no todo, isto quando não se perde pelo caminho. Analisa tudo ao pormenor até à exaustão. É o maior crítico do Zodíaco, mas não gosta que lhe façam o mesmo. Chamadas de atenção ofendem-no. Perfeccionista. É sociável mas prefere passar despercebido e não ter os holofotes sobre si.


Virgem ilustra agora a minha parede num misto de traços e bolinhas. Pormenores é do que é feito e muito trabalho me deu. Ganhou residência logo acima de Leão, mas a poucos centímetros do chão, a obrigar-me a uma ginástica acrobática enquanto procurava manter o equilíbrio entre linhas.





 


novembro 19, 2019

O Rei Leão aqui do meu pedaço...



















"O que está em cima é como o que está em baixodisse um dia Hermes Trismegisto.  

Será que os leoninos de signo vão pensar o mesmo depois de verem a representação que fiz? Na minha roda astrológica Leão ficou lá bem em baixo, mesmo rente ao chão, o que me custou algumas dores lombares. Para Peixes ficar lá no alto, os signos do lado oposto da mandala teriam de ficar por baixo e calhou a Leão. Antes que desse lado me apontem o dedo, e digam que o oposto de Peixes é Virgem, e de Leão é Aquário, vou já adiantando… Isto é ARTE e arte que se preze é feita principalmente com o coração e não com uma régua, certo? 😉

Como deixei que fosse o meu Peixito de Ascendente a comandar a operação, ele fez o gráfico com a alma e uma boa dose de improviso. Intuitivamente ou não, o engraçado disto tudo, é que o Rei caiu do pedestal e ficou aos pés de todos…

Por vezes, bem que se precisa de uma boa dose de humildade. Por vezes, há quem precise de sair de cima do pedestal e se colocar no lugar dos outros…

Isto tudo, para escrever que o signo de Leão gosta de se impor e de ser o centro das atenções. É o líder. Trabalha com afinco para ter um lugar de destaque, podendo parecer muitas vezes egocêntrico e autoritário. Tem grande necessidade de aplausos (ou elogios), é certo, mas também é generoso e sincero. A fidelidade faz parte do seu dicionário. E o orgulho também.



Pintei-o com as cores do Sol, amarelo torrado e dourado. Do Sol e do signo. São cores do sucesso e da alegria. Tem lá a coroa, não de louros e nem de Reis, mas de singelas folhas bordadas a ouro.


novembro 18, 2019

Caranguejo a passinhos de caracol...





















Recuperando os signos perdidos, ou antes, em atraso…

Aqui ficam as minhas muitas desculpas para aqueles que ficaram “pendurados”, na espera, que o seu signo surgisse por aqui. Hoje é o Caranguejo, ou Câncer, que nos honra com a sua visita. É um signo de Verão, aquele que abre a estação e por isso tem o gosto pelo movimento, mesmo que pareça parado. Pertence ao elemento Água, pelo que muda de humor ao sabor das marés, ou da Lua, a sua regente.

Quem não conhece as famosas e súbitas mudanças do estado de humor dos nativos deste signo?

Mudam como a Lua muda de fase. No mesmo dia são capazes de percorrer os vários estados de alma e ir do 8 ao 80 no que toca a emoções. O conforto emocional e a segurança nos afectos são os seus pilares e quando se sente fora da sua “praia”, fecha-se na carapaça. Encolhe-se. Amua. Sente sempre tudo muito. E tem memória de elefante. Memória esta implacável.



Esta é a representação do signo na minha sala de trabalho. O atelier de astrologia e tarot e demais artes esotéricas e terapias. Aqui, Caranguejo foi pintado em tons pastel e cores diluídas para representar a Água e o romantismo, típicos do signo. Estão lá as pinças do bichinho que lhe dá nome e que parecem sorrir-nos, sim porque o signo de Caranguejo é simpático e amoroso. Está contido numa flor que também é concha e é espinhos quando ferido. 


Fica aqui o convite para virem conhecer pessoalmente as minhas artes e o meu trabalho!

 



novembro 02, 2019

Halloween ou Pão por Deus?




Há quem defenda que o mais importante é a tradição e há quem aproveite todas as oportunidades para se divertir, mesmo que se trate de “estrangeirices”. Eu sou de opinião que se pode ter e viver as duas. Pode-se brincar ao Halloween no 31 e no dia seguinte pegar na saquinha e ir de porta em porta pedir o pão por Deus. Uma não invalida a outra. (A juntar a estas duas datas há ainda o dia de finados, que se vive no dia 2 de Novembro visitando e enfeitando com flores as campas dos entes queridos já falecidos). 

Pessoalmente, vivi uma infância em que era pelo Carnaval vestidos com o que tínhamos em casa mas disfarçados o melhor que conseguíamos, que íamos de casa em casa, pregando uns sustos e de saco na mão à espera de retornar a casa com ele cheio de guloseimas e com alguma sorte, algumas moedas também. Foi assim uma espécie de 3 em 1. Carnaval, Halloween e Pão por Deus. Conta a minha mãe, que ainda jovem adulta mas já mãe aqui desta que vos escreve, de ir pregar uns sustos aos vizinhos já noite serrada mas em dias de Carnaval, com uma abóbora esvaziada do seu miolo, uns buracos como olhos e uma vela acesa lá dentro. Não é isto típico da famosa noite das bruxas?


Há quem diga que o que se vive cá nesta data, nos dias de hoje, não é nosso e sim influência do estrangeiro. Há quem escreva até que não passam de americanices. Pode até ser. Mas, não fará lembrar também Samhain, a festa pagã dos Celtas para celebrar o fim do verão, início do Inverno e a época das colheitas? E não corre nas nossas veias também algumas gotas do sangue do povo Celta? Foi-me ensinado nas aulas de história na escola primário (e eu lembro-me bem disso), que antes éramos os Iberos e fomos invadimos sucessivamente por outros povos, de outras regiões, incluindo os Celtas e daí passarmos a ser chamados de Celtiberos. Não é de estranhar que tenhamos adquirido alguns hábitos e costumes de quem veio e por cá ficou, seja há muitos ou poucos séculos atrás, ou seja nos dias de hoje. E isto inclui alguns costumes pagãos dos Celtas. Eu sei que nós portugueses somos feitos de muitas partes e é isso que faz de nós quem somos, tão diferentes entre nós, mas únicos. Tão hospitaleiros e sempre curiosos e abertos ao que é novo e externo a nós.

Eu aceito a diversidade, e tudo o que venha para nos tornar mais “ricos” em experiências e melhores pessoas, é bem-vindo!














Este ano, mais uma vez fez-se a festa cá em casa, com muitos jogos, diversão e risos. A cada ano é sempre especial, mas o mais importante mesmo, é o convívio. Desta vez não restaram muitas fotos e trago-vos as possíveis. É o que há, mas os bons momentos passados, esses já ninguém nos tira. São essas as recordações que ficam e que levamos pela vida fora. 

Ainda não são muitas as crianças que aparecem por aqui a reivindicar os costumes, mas lá vão aparecendo. No 31, veio um grupo de crianças pela tarde. À noite, bem tarde por sinal, vieram uns a rondar o começo da adolescência. Na manhã do dia 1 foi a vez de dois rapazinhos tocarem à campainha a pediram o pão por Deus. Há tempo para todos e doces também. Não foi muito, mas a taça dos bombons que havia em cima da mesa deu um jeitão.


outubro 24, 2019

Lua Nova em Escorpião





Estamos a caminhar para uma Lua Nova em Escorpião, signo onde o Sol entrou ontem ao final da tarde. Já lá se encontravam Mercúrio e Vénus, comunicação e emoções. Durante o dia do próximo Domingo a Lua entrará no dito signo juntando-se ao seu par, o Sol, para se renovar e renascer de novo. Este é um renascer intenso, profundo, um pouco à imagem do que aconteceu à Fénix, mas ao contrário desta, a transformação far-se-á por meio da água em vez do fogo. E água é emoção e sentimento. É uma mudança que se faz de dentro para fora, bem lá das profundezas do ser. Com certeza  nem todos serão tocados pela intensa energia desta Lua Nova, mas sobretudo para quem tem planetas pessoais ou ascendente no começo de Escorpião é de prestar atenção a esta fase, mesmo sendo ela breve. A Lua caminha a passo rápido, pelo que onde ela toca e se despoletar algum acontecimento, este será breve, diário. No entanto, devido à energia do signo em questão, haverá alguma necessidade de mudança, de reciclar algum aspecto da vida.

Uma Lua Nova é sempre uma boa fase para promover a mudança e cada um saberá de certo a área de vida onde gostaria de mudar alguma coisa. Mas, atenção à exacerbação das emoções, ou mais propriamente aos “sapos” que se engolem. A Lua Nova de Escorpião funciona um pouco como uma panela de pressão. A água (emoções) entra em ebulição em modo interno, não se vê, mas se lhe abrem a tampa leva tudo à frente e é capaz de causar alguns estragos.  

Esta é uma boa fase para a introspecção e o autoconhecimento. Ir fundo para subir à superfície de si mesmo, outra pessoa, renovada e mais completa.








Para ilustrar usei fotos do meu arquivo, das pinturas que fiz na minha sala de trabalho. Dentro do círculo está o símbolo do Escorpião estilizado a representar uma Fénix. A decoração envolvente nada terá a ver com o signo pensarão vocês, uma vez que ele é todo de vermelhos e pretos e este é assim para o suavezito, com um tranquilo roxo e branco. E não, não tem. Ou tem, se pensarmos que o Escorpião é como a viúva negra (aranha), que vai cercando e envolvendo a presa na sua teia até que chegue o momento certo de saltar sobre ela. Por um engano que já comentei noutro texto qualquer, troquei a ordem dos signos e só depois da pintura decorativa deste círculo me apercebi do erro. Mas, o universo tem uma forma muito engraçada de nos trocar as voltas e colocar tudo na ordem certa e assim, de uma forma muito pouco racional, o signo de Escorpião encaixou perfeitamente nesta bola. Além disso, o lilás é uma cor muito ligada à espiritualidade, tal como o signo que aqui representa.

Parabéns para todos aqueles que fazem anos sob as energias deste signo!

outubro 16, 2019

Os duendes alquimistas cá de casa





Andam duendes cá em casa, só pode! Mal viro costas para ir fazer umas comprinhas para encher a despensa e eles fazem das suas. Ou serão dois querubins que aqui tenho? Atentos aos meus desenhos e pinturas. Vigilantes e protectores das minhas artes para que nada se dê por perdido e nem se prolongue muito no tempo. Mas diabretes ainda assim, porque me obrigaram a uma mudança no padrão das cores à custa da sua incursão pelo mundo das minhas tintas.

São uns duendes diabretes alquimistas, que deixam um rasto de ouro à sua passagem. As minhas rosas ganharam contornos de ouro. A rosa branca agora está contornada a dourado e a outra flor lá de cima ainda por pintar e que ia seguir o padrão rosa das demais, viu-se engalanada pelo mesmo brilho do real metal. Ganhou botões igualmente dourados.

(filhota e seu boyfriend, não se preocupem que eu mantive a vossa arte intrusa inalterada, ou quase…) Malandrecos! 😘💜

outubro 06, 2019

Nos aposentos da Rainha de Copas...





Toda a corte tem a sua Rainha e aqui impera a do naipe de Copas, a dos corações vermelhos. Não a Rainha vermelha, mas a outra. A do coração vermelho de paixão pela vida, pelo que faz, pelo gostar. A que ama o amor, as pessoas e as flores e não anda a cortar cabeças. Não é caprichosa, é altruísta. A defensora das boas causas, a confidente, aquela que nas cartas segura o cálice de água. E água é símbolo de amor e emoções. E quem segura o cálice tem o controlo. Mas não é má como a pintam aqueles que teimam em lhe chamar de Rainha Vermelha. A do filme. Aquela que ficou de fora da minha história e não a outra, a que vive nos meus aposentos mas não na minha parede.

E o coelho lá segue apressado ao toque da corneta e do tic-tac do relógio…

❤️

setembro 12, 2019

Pão verde






Eu e as receitas andamos sempre numa espécie de jogo da apanhada com uma mistura de cabra-cega. Apanho uns ingredientes aqui, passo rente a outro acolá subtraindo-o ou substituindo-o. Subtraio gramas num, acrescento noutro. Dificilmente sigo à risca o que vem lá escrito.

Este pãozinho que ficou bem mais verde do que aparece na foto, foi o resultado de uma aventura culinária repentina, ontem ao final da tarde, para aproveitar as sobras de uma cuvete de manjericão que nos deram. A outra metade a primogénita usou-a para fazer pesto, aquele molho verde para massa tão apreciado pela outra filhota. Numa ingressão rápida ao chef Google, a primeira receita com manjericão que surgiu na minha frente, foi de pão. E eu a fazer uma ginástica hercúlea para cortar no pão (nem sempre eficaz, confesso), sou logo aliciada com uma imagem destas como podem ver aqui no petitchef e onde podem seguir a preceito todos os passos.

Para quem não tiver tempo (ou vontade) de ir ver a receita que me serviu de inspiração, deixo aqui a lista dos ingredientes:

3/4 xícara (chá) de leite morno

2 tabletes de fermento biológico (30 gr)
1 colher (sobremesa) de açúcar
2 ovos
1/2 xícara (chá) de folhas de manjericão
1 cebola pequena picada
1 colher (sobremesa) de orégãos
1 dente de alho picado
1 colher (sobremesa) de sal
1 1/2 colher (sopa) de margarina
500 gr de farinha de trigo
margarina para untar
1 gema para pincelar
gergelim para salpicar


Para começar, cortei logo no açúcar e no sal. Uma colher muito mal medida para cada um, que deve ter correspondido a meia colher de cada. Usei uma saqueta de fermento “fermipan” (fermento de padeiro em pó), que era o que havia cá em casa e misturei no leite e açúcar com colher em vez da liquidificadora. Como a nossa liquidificadora já se foi faz tempos, usei a varinha mágica para triturar os restantes ingredientes (excepto a farinha). Torci o nariz à ideia da cebola, pelo que acabei por usar uma bem pequenina, assim como um dente de alho também minúsculo, mas no final percebi que não fazia mal nenhum se fossem maiores. O meu fantástico pão não sabia nada aos ditos cujos. O manjericão também tinha bem mais do que meia chávena (foi a olho). Depois de uma papa feita com esta mistura, juntei-lhe a mistela do fermento no leite e só depois a farinha pouco a pouco envolvendo bem. Ficou na taça a crescer por meia hora. Findo este tempo coloquei a bola de massa na bancada enfarinhada e aí sim, dei-lhe umas voltas com as mãos, depois de as besuntar com óleo para não ficar tudo peganhento. Fez-me lembrar os tempos na aldeia, mas fui bem mais meiga com a minha bola de massa do que as mulheres com quem cresci a ver sovar o pão. Por cima, depois de pincelar com gema de ovo (uso as costas da colher), salpiquei com sementes de sésamo. Untei o fundo de um tabuleiro de ir ao forno com margarina e farinha e deixei lá a massa a descansar por mais 20 minutos. Na hora de ligar o forno veio a dúvida: e a temperatura? Arrisquei 200 graus e foi o que bastou. Aos 40 minutos da receita original acrescentei mais 5, mas não era preciso.

Ah, esqueci-me de dizer que fiz só um pão apenas e não usei forma, mas ficou bem na mesma e muito macio por dentro e com um delicioso paladar a manjericão. Todos cá em casa gostaram e foram unânimes numa coisa… Podia juntar pedaços de nozes ou pinhões à massa!

🙏



setembro 06, 2019

Do outro lado do espelho...





A planear o próximo trabalho de pintura.
O croqui já está feito. O próximo passo é passar o esboço para tamanho real.

O que sairá daqui?

agosto 28, 2019

A parede terminada




É o sonho que comanda a vida. E quando pegamos na paleta de cores e lhes damos vida, a nossa alma vibra e o coração rejubila. Descobri que consigo fazer pinturas pormenorizadas nas paredes (que as outras pinturas eu já fazia, já que aqui sou “pau” para toda a obra) e agora já ninguém me faz parar. Dou por mim a imaginar e a buscar inspiração “pinterestica” horas a fio. Perco-me. Sonho. Recrio cenários. Pinto paredes imaginárias. Imaginárias…ou reais, que cá em casa paredes não faltam. Não sei viver a preto e branco. Uso e abuso de todo o espectro.

Sempre gostei de contos de fadas, de histórias de bruxas, gnomos e florestas encantadas. De animais que falam e espelhos mágicos que nos levam para o outro lado. A vida não tem de ser só aquilo que é visível aos olhos. Nem a fantasia é um mundo próprio só das crianças na sua inocência e pureza. Se for assim, então eu quero ser criança para sempre.

Felizes daqueles que conservam o espírito de criança mesmo com todas as vicissitudes da vida!




























ps. o candeeiro é o resultado deste "post" aqui


💜