setembro 22, 2017

Adeus Verão!


O tempo já cheira a Outono, ou talvez não! Talvez seja dos meus sentidos que anseiam pela temperatura amena das estações intermédias. Hoje inicia um novo ciclo (gosto de pensar assim) e felizmente que a vida é cíclica, porque assim temos a oportunidade de recomeçar vezes sem conta. Há quem faça mais no Verão, já eu, é quando este termina que ganho energia extra. É quando faço mais planos. É quando o tempo começa a mudar e as cores dos dias suavizam, que procuro pôr em dia o que não foi feito nos dias quentes. E antes que o rigor do Inverno me surpreenda, é ver-me a pegar na paleta das cores e a dar vida a cada recanto. Aproveito para renovar as energias à minha volta e dentro de mim.

A este momento, ao Equinócio do Outono, os Celtas chamavam de Alban Elfed e comemoravam a colheita final dos frutos e grãos, com um festival dedicado aos deuses, Mabon e à sua mãe a deusa das colheitas. A grande mãe Terra.

Sendo as noites iguais aos dias, é uma época de equilíbrio, de paz e tempo de fazer a avaliação de tudo o que se plantou e colheu. É tempo de agradecer.

Muda-se de estação, muda-se de signo. Virgem dá lugar a Balança. Não é à toa que este signo que entra juntamente com o Outono, é considerado o do equilíbrio. É aquele que tem a balança como símbolo, um dos “objectos” da justiça.

Parabéns para todos os Librianos (Balanças)!



                                                                                                 ilustração: Morgan Davidson


setembro 14, 2017

Tive um irmãozinho!



























O nosso subconsciente é qualquer coisa de extraordinário! Às vezes vivemos com cada filme enquanto dormimos!... Gostava de ter um aparelhómetro para poder gravar o que vai no meu cérebro enquanto o João Pestana ronda por aqui. Umas vezes são verdadeiros filmes de acção. Noutras, uma autêntica comédia. E nesta última noite (ou manhã), foi uma mistura de ambos, com um toque de qualquer coisa que vai para lá da minha compreensão. Ou talvez não…
Fascina-me a capacidade que o subconsciente tem de alterar as informações que mantém guardadas, a seu belo prazer e enviá-las sob a forma de charadas para que as decifremos.
Não resisto em trazer-vos o meu último sonho. Um enigma sob a forma de maternidade.

A história desenrolou-se no interior de um hospital e com mais ou menos peripécias eu e a minha filha mais nova conseguimos chegar ao piso 7, onde a minha mãe estava para observação por não ser ainda o momento de dar à luz. Chegadas lá, fomos encontrá-la sentada com o rebento mais novo ao colo, gorducho e de olhos bem abertos. Reparei que tinha parecenças com o meu falecido pai. Um menino. Fiquei satisfeita, assim a minha mãe passava a ser mãe de dois casais. E como a astrologia não me larga nem nos sonhos, passei parte do tempo a ler uns papéis na tentativa de perceber qual o signo chinês da criança.
Agora que escrevo, sinto-me frustrada por me ter esquecido de qual era o bicho. Deveria tê-lo registado enquanto a memória não me atraiçoou. Sei que se tratava de um animal pequeno, talvez coelho ou galo. O primeiro não existe nos signos, já o segundo, é o bichinho que rege o ano corrente.

O curioso, é que nas últimas 2 ou 3 semanas já é o terceiro sonho com gravidez e recém-nascidos. Primeiro fui eu, grávida. Num segundo sonho tinha uma bebé (minha), aos meus cuidados e agora foi a vez da minha mãe.

Deste sonho retiro várias informações:
- A gravidez em si (da minha mãe que conta a bonita idade de 70 anos).
- Um recém-nascido.
- O número SETE.
- A minha atenção e foco no signo chinês (que durante o dia acabei por esquecer).
- A presença da minha filha mais nova.

Mensagem de fertilidade está excluída. Não é o caso.

Alguém aí, com conhecimentos de interpretação da simbologia dos sonhos que me dê umas luzes? ;)



                                                                                                Fonte de Imagem: Urdu-mag

setembro 06, 2017

A minha gaiola dourada


Estamos na fase de Lua cheia, hoje, precisamente à hora em que acordei, lá estava ela no seu auge! E esta Lua Cheia mesmo em cima do meu Ascendente trouxe ao de cima algumas reflexões. A Lua é isso mesmo, são as memórias e vivências que vamos carregando na nossa bagagem. Em Peixes ela traz à tona o sonho e é sobre esse sonho que eu hoje escrevo…

Não foi há muito que tivemos um eclipse solar no signo de Leão e sobre o qual até escrevi aqui. No meu mapa natal, para além de se dar na casa VI (a  das rotina e tarefas do dia-a-dia), até que não “tocou” nada significante em Leão (signo onde estava o Sol no momento do eclipse) e nem no seu signo oposto, Aquário. No entanto, a dupla (Sol e Lua) conseguiram tocar a minha Lua através daquilo a que os astrólogos chamam de sextil, um aspecto tido de bonzinho, amigável. E onde está a minha Lua natal? Precisamente na casa IV, que significa as raízes, a bagagem que carrego comigo e literalmente a minha casa. E por quadratura (um aspecto mais tenso), ao regente do meu ascendente.

E não é que umas semanas antes de se dar o eclipse, comecei com uma sensação que nem eu mesma entendia. Era como se sentisse uma vontade inexplicável de me libertar de algo… De começar de novo. Simplificar é o termo mais correcto até, para este meu sentir.

A casa ficou grande demais. Exigente demais. Sufocante para esta minha alma nómada. E eu que adoro a minha casa, o meu lar. O meu cantinho no mundo, que construí de raiz com tanto amor e dedicação. Aqui está tanto de mim. Esta casa sou eu e de repente tornou-se na minha gaiola dourada. 
Não perdeu o encanto, mas tornou-se demais. E dei por mim a ver terrenos, a dar primazia à vista. Ao espaço envolvente. Poder ver um nascer do sol da janela, ou o pôr-do-sol sentada à porta da casa. Ter a natureza paredes meias, mas sem perder de vista a civilização. Poder viver mais lá fora e menos cá dentro. 

Dei por mim a falar ao telefone com o senhor de uma imobiliária e a dizer-lhe que desejo uma casa pequenina. Ele riu-se e respondeu:

-“ Tem graça, é que toda a gente quer o contrário, cada vez maior!”

Pois, então eu estou virada do avesso, só pode!

Quero a minha casinha pequenina, com muitas janelas e portas abertas para a rua, para ver e viver o mundo lá fora.

A tensão que o eclipse causou (e ainda está a causar) no planeta regente do meu ascendente na casa III (que significa o ambiente à nossa volta, entre outras coisas) está a empurrar-me literalmente para fora da minha casa e de mim mesma.

Só por curiosidade… Há 18 anos, em 1999, precisamente quando se deu um eclipse no signo de Leão, no mês de Agosto andávamos nós a empacotar tudo e a deitar abaixo a casa que anteriormente ocupava este sítio. A casa velhinha para onde viemos morar com a nossa filha bebé, há 29 anos, também em Agosto.

Eu sou de signo Touro. Mudança? Isso é com calma!
E vem um eclipse que eu até desvalorizei, para mexer com as minhas estruturas internas no sentido de me obrigar à mudança…

🌞🌛



                                                                                                          Imagem ilustrativa: Pinterest