Faz hoje
um mês que casou a minha filha mais velha. A minha deusa grega. Bem sei que
Diana era uma deusa romana e Artémis sim, é a sua versão grega. Para mim vai
dar no mesmo e grega ou romana, a minha Diana estava uma princesa. Ela é uma
princesa. Estava linda, linda, no dia que escolheu para se tornar numa senhora
casada. Sou uma mãe e avó embevecida com a sua prole.
O grande
dia demorou a chegar, mas no momento H passou num ápice. Desde 2020 a adiar. Como
diz o ditado, à terceira é de vez. E foi! Já aconteceu e hoje à distância de 1
mês, sinto que passou depressa demais e ocupada como estava a viver o momento e
a cuidar da minha pequenina esqueci-me de fotografar tantos pormenores que
queria.
No cartão
da minha máquina encontrei uma única foto onde apareço, meio que desfocada,
para dar lugar à mesa no primeiro plano. É o que há. Entre as do fotógrafo
arranja-se mais alguma, mas isso fica para uma outra publicação. Isto vai por
episódios! ;)
Foram dias
muito ocupados, tivessem 48 horas e ainda eram poucas. As lembranças ficaram
por nossa conta e obra (eu e a noiva), mas lá está, com a pressa ficaram a
faltar as fotos para colocar aqui. Apenas há um vislumbre das mesmas em cima da
minha mesa. Saquinhos de alfazema, bases para copos em madeira trabalhada
também por nós. E colheres íman. Para as crianças, polvos em tons lilás, feitos
pela Diana. Tudo a condizer com o tema, ou temas. Em 3 anos algumas ideias
mantiveram-se e outras sofreram alterações. Faz parte. É assim a vida, sempre em
constante mutação. O mesmo aconteceu com a placa de boas vindas que pintei com
tanto carinho, nem uma única foto no meu cartão. A ver se tenho mais sorte com
as do fotógrafo, que ainda só vi por alto.
Os centros
de mesa fomos decorá-los à véspera à quinta. Simples, mas elegantes. Criativos
também. Garrafas com água e um raminho lá dentro, cortados à minha artemísia.
Valeram as garrafas aqui da adega de Almeirim, que o pessoal da casa foi
esvaziando e eu guardando. Frascos de produtos vários, onde colocámos umas
singelas flores. Os botões de rosa (e as pétalas à porta da igreja), vieram da
nossa futura casa que andei a cuidar e regar com todo o carinho e atenção ao
longo do verão. Agradeceram-me florindo o quanto precisava. Sou grata à
natureza por esta oferta. Ingredientes especiais para identificar os convidados
e em cada mesa uma receita da Diana ou do João. Na minha mesa o ingrediente
especial foi a salsa, por acaso ou com intenção, só a Diana saberá. Que é algo
que, diz ela, a leva de volta à infância e ao nosso quintal, é um facto.