Abril águas
mil, já diziam os antigos e este ano o provérbio assenta que nem uma luva. Hoje
dei por mim a pensar que pode vir aí uma cheia que nem damos por ela, tal é o
isolamento. Fechados em casa e com as notícias só focadas numa coisa, covid-19,
o resto passa ao lado. É que passa mesmo. Ainda me lembro das muitas vezes que
o Tejo transbordava e a cheia vinha pelos campos até à entrada aqui da nossa
pequena cidade. Por vezes só dava para atravessar de barco. Numa dessas vezes,
o maridão passou para lá de mota, a seco, e na volta do trabalho teve de
atravessar com água pelos joelhos. A pé, de mota à mão e na escuridão da noite.
Uma aventura. Ou isso, ou ficava do outro lado. A ponte nova ainda não tinha
sido construída. Mas ele não é de hesitações e meteu-se ao caminho. É um homem
de coragem.
Nos tempos
que correm é mesmo disso que precisamos. De coragem. Uma dose dupla de coragem
e outra de fé. Muita fé!
“Fé é acreditar naquilo que não se pode ver, provar ou tocar.”
Fé é acreditar que vai ficar tudo bem!
🍀
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