Há muito
que deixei de ver as notícias para saber os números da pandemia. Presentemente,
limito-me a ver o e-mail do presidente da Câmara para ter uma noção do que se
passa a nível local. É o que me basta. Pela minha sanidade mental prefiro andar
longe de telejornais e demais publicações sobre o assunto. Já cansava.
Estou aqui
na minha bolha, tentando abstrair-me do que se passa lá fora, mas procurando
manter a mente ocupada para não virem ao de cima pensamentos claustrofóbicos. Para
quem, como eu, já passava a maior parte do tempo em casa, o estar em casa agora
nem é assim tão difícil. Mas a sensação da falta de liberdade custa. E hoje
senti tanta falta das minhas caminhadas matinais. E de coisas tão simples, como
ser eu mesma a ir ao supermercado fazer as minhas compras. Cá em casa é a filha
mais velha que passou a ter essa responsabilidade. Achamos ser o mais fácil e
mais correcto. Só um sair para fazer as compras para todos. Somos cinco. E num
mês ela já ganhou a prática de como passar entre os “pingos” (pessoas), ou não
levar as mãos à cara e outras miudices (mas que são essenciais). Ir outro,
seria começar tudo de novo. Seria arriscar mais. Está bem assim, mas que eu
sinto falta, sinto. E pensar que possamos estar longe do fim, custa ainda mais.
Bem sei que este é um pensamento transversal a muita gente e que estamos todos
no mesmo barco, ou no mesmo mar, mas cada um no seu barquito… E que saudades me
deu agora de ver o mar… (suspiros)
Um
dia de cada Vez…
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