Hoje foi um dia bom.
Daqueles em que só apetece tirar os quilos de roupa de cima (não é que eu seja
friorenta) e correr desalmadamente pelo campo fora como se não houvesse amanhã.
Ou deitar na relva a observar o azul do céu e a sentir a energia entre o Sol e
a mãe Terra. Ficar ali a sentir apenas. A ser.
Mas como não podia fazer uma
coisa nem outra, porque o meu pedacinho de verde não dá para tanto, arregacei
as mangas, ou melhor, despi-as e aproveitei o dia de sol e calor que fez, para
meter mãos (e braços) ao trabalho e começar a pôr em prática as resoluções para
este ano (ver aqui). Já não era sem tempo. Já lá vão 65 +1, dos 365 dias que recebemos
de oferta na passagem do ano velho para o novo. Há que aproveitar bem os
restantes 299. E como eu sou uma mulher de palavra (até mesmo das formuladas só
em pensamento), cá estou a realizar as minhas promessas (ou desejos) para este
novo ciclo.
Touro (signo) tarda, mas quando
começa já não pára. Tem energia para dar e vender. E eu hoje estou assim,
imparável a subir e descer escadas, ora com loiças, ora com tecidos ou roupas
fora de circulação e revistas. Já tentei ser minimalista, mas comigo não
funciona. Em tudo aquilo que outros vêem como imprestável, eu prevejo uma
possível obra de arte! :D A lista de espera é enorme, mas com tudo agora
concentrado num local só, o tempo vai render mais e a vontade será outra. Estava
mesmo a precisar de um espaço meu onde dar vazão à criatividade, em vez de usar
o sótão, noutras vezes a sala das roupas, ou a varanda e até, a mesa das
refeições.
Haverá cantinho melhor para
o efeito e mais inspirador do que a tertúlia?! Penso que não. Cenário que já
foi palco de muitas festas e que nada impede de continuar a sê-lo, mas com
novos adereços. A casa do fundo com direito a endereço próprio na blogosfera e
local de eleição da filha quando voltou às raízes. Filha que logo, logo,
terá a sua casa, o seu canto. Não sou pessoa para ficar a sofrer da síndrome
do ninho vazio, porque faço por ser positiva e porque os filhos, por muito que
os consideremos nossos, em algum momento das suas vidas precisam de ganhar
asas. Há que arranjar alternativas e adaptarmo-nos à mudança. É o que farei com
a “Casa do Fundo” entretanto mais vazia. Será a oficina da maga todos os dias e às vezes
tertúlia em dias de festa, ou nas mornas noites de verão.
Xi-💜,
da maga
Foto via Pinterest
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