maio 14, 2020

A minha árvore genealógica





Hoje trago-vos uma das minha paixões, iniciada há uns 10 ou 11 anos durante o curso de astrologia, com umas paragens e recomeços pelo meio. Há pelo menos 5 ou 6 anos que as minhas papeladas andavam guardadas no alto de uma prateleira por dificuldade de ir mais além. O arquivo mais perto e onde passei imensas horas entre livros e registos antigos, parecia não ter mais nada para me dar. E senti-me numa encruzilhada, à espera de possíveis deslocações para outras paragens… E não é que agora descobri que posso ter tudo isso à distância de um clique? Ou de imensos cliques.

Sinto-me uma autêntica arqueóloga de pessoas, a escavar em terrenos mais ou menos conhecidos e a decifrar hieróglifos escritos por vezes por mãos trémulas, ou a tinta permanente. Ou nem tão permanente assim, que às vezes quase se ausentou das folhas envelhecidas por centenas de anos de uso e de mofo. Ou apenas borrões que pouco deixam adivinhar e que me levam a procurar mais ao lado, mais à frente, mais atrás, até encontrar novas pistas que me ajudem a decifrá-los.

Ando a escavar as minhas raízes em busca de mais umas folhas para a minha árvore. É tal o frenesim, que fico horas e horas a fio de olhos postos no ecrã e a roubar tempo a outras actividades tão ou mais urgentes. Tão ou mais importantes. É vício. E é paixão. E é uns óculos aqui para a minha pessoa não tarda.

A cada peça que encontro para o meu puzzle sinto-me mais próxima de saber de onde vim e mais completa. O que para alguns é desperdício de tempo, para mim é ganho em história das vidas que me antecederam e isso também conta. É a homenagem que posso prestar àqueles que carrego no ADN e a melhor herança que deixo aos meus. Quem somos e de onde viemos.






Este assento de nascimento no ecrã do meu portátil é a minha mais recente conquista e pertence a João António Evangelista, meu tetravô, nascido em 1805. Segundo consta na folha, o avô dele já tinha este apelido, o mesmo que a minha mãe carrega (com orgulho), aos dias de hoje. Nunca se perdeu e em cada geração, excepto nas duas mais recentes, o meu antepassado sempre foi o filho mais velho e homem, pelo que tem sido mais fácil para mim ir atrás de cada um deles. Até ver. Sempre ouvi que vieram de Espanha, mas até agora todas pertencem a solo português. Dizem que é a este ramo da minha árvore que mais fui buscar as feições. Falta encontrar fotografias, coisa tão rara noutros tempos e aí sim, o legado ficava completo. 

💜




Sem comentários:

Enviar um comentário