fevereiro 14, 2020

Era uma vez...



…Duas meninas que adoptaram uma avó e perdiam-se de amores pelas suas belas e longas histórias que começavam sempre por “era uma vez…” e terminavam, salvo raras excepções, só no dia seguinte. Era vê-las correrem à fonte de onde jorrava uma inesgotável riqueza de saberes, sem nunca ficarem saciadas. De lá saíam contos de fadas e de princesas que tanto se transformavam em cisnes, como noutra hora eram vítimas de reis implacáveis e fugiam por estradas que mudavam a olhos vistos. Ou então, eram leões presos com cabelos que se transformavam nas mais resistentes das correntes. Foram anos de histórias, lendas, palavras mágicas. Muitas palavras. Tantas que dariam para escrever uma colecção inteira, daquelas com muitos volumes.

Que pena que naquela época eu não soubesse ainda que um dia iria querer escrever aquelas histórias todas. E que pena que a memória seja tão selectiva e só tenha guardado partes soltas daqui e dali. Mais do que palavras, ficaram as sensações. E a gratidão.

Esta minha história da Alice pintada no hall dos quartos, é uma pequena homenagem àquela senhora, “a prima” como lhe chamávamos, que tão boas memórias me deixou e tanto me ensinou. Hoje, parte de mim, de quem sou, devo-o a ela e à sua passagem leve pela minha vida. Muito mais do que uma vizinha e uma prima muito afastada, foi uma avó, daquelas avós que têm uma paciência que nunca mais acaba, contam histórias e ensinam a bater claras em castelo.










































Há dias felizes e hoje foi um deles. Quem me conhece sabe que eu apesar de uma leiga na matéria sou fascinada por fotografia, mesmo que o meu equipamento se resumisse apenas à objectiva que veio no quit, daquelas bem básicas. Hoje, depois da coitada ter avariado e eu ter andado a namorar uma macro que acabei por mandar vir da net, o carteiro tocou à campainha e lá estava o meu belo presente de mim para mim. A loja não brinca em serviço! J

Que bela maneira de comemorar o S. Valentim. Não resisti e lá andei eu a experimentá-la na Alice… Amanhã é outro dia e há mais comemorações (e motivos para experimentar a lente também), porque dia dos namorados é quando nós quisermos.  



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