Num reino distante, certo dia, uma princesa ao dizer ao rei seu pai que lhe queria tanto como ao sal, foi expulsa
do reino. Depois de muito andar, foi ter a um castelo onde, ao descobrirem a
sua linhagem, a receberam de braços abertos. Sabem como é, nestas coisas há
sempre um príncipe casadoiro, que depois de muitos testes à suposta princesa para se
certificar da veracidade do seu sangue azul, se apaixona perdidamente e lhe
pede a mão em casamento. E assim foi! E convidaram todos os reis e rainhas dos
reinos vizinhos e dos não vizinhos, inclusive os pais da (des)afortunada
princesa. A noiva encarregou-se de preparar a comida que iria ser servida ao seu pai, com as suas
próprias mãos, e não lhe colocou nem um grão de sal. Já quando todos se
encontravam à mesa a comer e beber à grande, o dito rei, achando a comida
intragável, horrível mesmo, reclamou, praguejou (e vá lá não terem tombado umas
quantas cabeças na cozinha)! A princesa sua filha, que até então andava
disfarçada, revelou-se e foi aí que o rei percebeu o porquê dela antes lhe ter dito
que lhe queria tanto como ao sal. Há lá alguém que goste de comida insonsa! O
rei arrependeu-se de a ter expulsa de casa e depois muitas lágrimas,
abraços e pedidos de perdão, a festa lá continuou. E foram todos felizes para sempre!
Das pessoas que conheço,
sou aquela que menos sal usa para cozinhar (há que cuidar do coração!), mas uso
algum, não faço como a princesa. Procuro é sal de qualidade, 100% natural, feito
tradicionalmente e sem recurso a aditivos químicos. Sal branquinho e limpinho,
uso, mas para lavar o chão e mandar embora as energias negativas que por algum
descuido se tentem instalar aqui em casa.
Aqui tão perto, e só ontem
visitei as salinas de Rio Maior pela primeira vez. Foi uma visita rápida de
final de tarde e com a aldeia a trabalhar a meio gás, mas valeu a pena. A própria
aldeia de casinhas em madeira já é um bonito e autêntico presépio!
Aproveitei e comprei 1 kg de sal!
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