Este é o “post” que ando para fazer há uma eternidade, mas há sempre algo que o faz ficar na lista dos assuntos pendentes. As minhas máscaras.
Estou de
volta às publicações e também à costura porque o vírus não espera e há quem
tenha pressa em se proteger. A minha confecção é de edição limitada e exclusiva
para os da casa e seus prolongamentos.
A rosa foi
a primeira e serviu de modelo às seguintes. Usei tecidos que foram sobrando de
outras situações e que penso, sejam maioritariamente de algodão. São feitas com
3 pregas a meio e de duas faces. A face de dentro em tecido de algodão branco
para facilitar a respiração e ao mesmo tempo diminuir o contacto com a pele,
das tintas e possíveis alergénios que compõem as cores e padrões da face
externa. E assim não há engano quanto ao lado de dentro e ao de fora. Na parte
de cima deixei uma abertura para colocar o filtro. Este pode ser em TNT (que
comprámos entretanto), mas um pedaço de papel de cozinha dobrado também serve.
A Helena
tem um gosto mais sóbrio e discreto, pelo que optou por comprar tecido de uma
só cor. Escolheu um acetinado por ser mais leve e talvez mais fresco. A escolha
para o interior continua a ser o algodão branco.
Não tirei
foto ao depois, mas elas já andam nos rostos dos respectivos donos e segundo
consta (pelo menos pelo feedback de um deles), é até bem mais suportável do que
as que usava antes, as descartáveis.
Cortei um
quadrado de 20 cm por 20 cm, fiz três pregas a meio que preguei com alfinetes.
Passei com o ferro para vincar. Cosi as duas faces (frente e costas) uma à
outra pelo avesso. Virei e pespontei tudo à volta, deixando só a abertura para
o pedaço de filtro. Ah, quanto ao elástico, nas duas primeiras usei o de
rolinho fino que já tinha, dobrado para ficar mais resistente e atando as
pontas uma á outra depois de o passar por dentro da máscara. Ficou assim uma
espécie de argola e o nó está escondido. Quanto às outras, é elástico de rolo
na mesma, mas mais grosso e que cortei em pedaços de 18 ou 19 cm. Foram pregados
aos cantos do tecido.
Uma crise
de ciática, esta minha velha companheira que de tempos a tempos me vem fazer
uma visita, veio interromper os planos e a produção. Não era nada que eu não
esperasse já, porque aquando o início do covid e fui espreitar os mapas do
retorno solar do pessoal aqui de casa, o meu revelou-se o mais frágil no que
toca a saúde. Não aprofundei e fiquei-me pelo Nodo Sul da Lua na casa VI.
Também não me preveni e o preço a pagar não é nada pouco. Disciplina é o que me
falta, reconheço. Quando nos sentimos bem é muito fácil esquecer os exercícios,
os alongamentos e a boa postura que tão bem aprendi nos quiropráticos, mas que
requerem prática diária para sempre. Não existem soluções milagrosas sem
trabalho, é um facto.
Eu não
seria eu, se não tivesse uma máscara florida para enfrentar o tão temido e
indesejável intruso.
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