Os pés de milho que
nasceram em volta do galinheiro graças à esquisitice das nossas marias, que só
gostam de milho partido, deram para regalo dos nossos olhos (e paladar!) umas
bonitas maçarocas. Engalanadas por umas fartas cabeleiras que me fizeram viajar
no tempo, ao tempo da minha meninice e ao tempo em que de pequenas coisas
fazíamos grandes brincadeiras.
Era só atravessar a ribeira
e do outro lado, mesmo à mão de semear, encontrava-se um vasto milharal que era
por vezes, palco de salão de beleza e dos meus dotes de cabeleireira. Havia
cabeleiras para todos os gostos, umas mais fartas e outras nem tanto. Lisas ou
onduladas. Cores várias, umas ainda em tons de verde, outras loiras, ou então
de uns bonitos acastanhados. Fazia uma trança aqui, um rabo-de-cavalo acolá e
todo o campo ficava em festa sob o meu olhar encantado.
Estas
fizeram parte do nosso jantar de ontem, cozidas e a acompanhar um guisado.
Para
a próxima vou experimentar fazê-las no forno. :)
(Nas casas de produtos naturais
(ou ervanárias) vendem-se as barbas de milho para fazer chá para as infecções
urinárias.)
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