Não é
assim que ela está agora, mas já esteve. A seu tempo irei publicar o resultado
final. Foi todo um processo que me encantou, o de ir superando desafio atrás de
desafio, a descoberta da minha mandala, pormenor atrás de pormenor e a
descoberta de mim mesma. Percebi que posso fazer muito mais. Que sou capaz. E
que adoro fazer arte. Sim, porque mesmo com todos os defeitos inerentes, é
arte. Toda a criação é arte. E a imaginação é o limite (mesmo com algumas
inspirações pelo meio, mas isso também faz parte do processo). E para mim, uma
grande, mas grande inspiração, é a artista Alisa Burke!
Comecei
por escolher o sítio na parede, meio que a olho e desenhei os círculos de forma
um pouco rudimentar, com recurso a uma régua de 50 cm e um transferidor. Não
havia cá compassos e muito menos com aquele tamanho todo. Tem cerca de 1 metro por 1 metro. No momento não pensei
naquela forma tão básica, de atar um lápis na ponta de um cordel. Mas
valeram-me os materiais (ainda cá andam alguns), que ficaram dos
tempos de estudante das minhas filhas. E o que aprendi nas aulas de desenho.
Afinal não esqueci tudo. Aquela técnica das proporções deu-me cá um jeitão para
passar do desenho pequeno para a dimensão final. Usei a escala de 1 para 6 e
folhas quadriculadas. Um centímetro corresponde a seis. Depois foi só passar
para papel vegetal e decalcar com lápis de carvão na parede (não quis arriscar desenhar tudo a olho directamente no sitio a pintar).
Para os
olhos mais críticos, eu bem sei que tem ali um erro de cálculo :D, mas a tomada
é que não avisou que também queria fazer parte do desenho e acabou por ficar de
esguelha. São pormenores. Podia ter apagado e voltar a desenhar os círculos bem
alinhados com a tomada, mas arriscava a ficar com a parede toda borrada do
lápis e essa ideia não me agradou (é que já ia na cercadura de lírios).
Aquele
pincel fino acompanhou-me ao longo de todo o processo da pintura. Pensei que o
seu manuseio fosse mais difícil e o resultado, que nem sempre ficou perfeito, no
seu todo agrada-me. Iniciei aquela relação um pouco a medo, mas no final
ficámos amigos. J
Podem ver
o início de todo este processo, ainda em esboço, aqui.
Créditos das fotos: maga rosa
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