Entre o céu e a terra,
encarrapitada no alto das escadas, observo e absorvo as energias da natureza e
faço uma pausa nos afazeres diários. Gosto desta contemplação e destes momentos
a sós comigo mesma e com a calma do campo na cidade. A copa do meu araçazeiro
dá um refúgio perfeito, um pequeno paraíso, onde reina a paz e o tempo parece
não existir e onde me refugio sempre que o clima o permite. Aqui encontro a inspiração,
quando ela teima em se esconder de mim…
Voltando à terra. Hoje
quero dar-vos a conhecer um fruto, o araçá! É ele o mote deste meu “post” e
quase um desconhecido para a maioria dos portugueses. A plantinha que em tempos viajou de avião até
cá, hoje é uma árvore alta e frondosa (pelo menos para os meus poucos m2 de
terra), de folha perene, pelo que se mantém bonita e verde o ano todo. Acho-a
linda e os seus frutos uma dádiva da mãe natureza, que a esta altura já são
menos, mas ainda os tem. Pequeninos mas muito saborosos e de
polpa branca e carnuda, aqui em casa é um "ver se te avias", logo que
surgem os pontinhos vermelhos entre o verde das folhas. Ainda não consegui
colher (e não comer!) os suficientes para fazer doce que se veja, mas um dia
hei-de experimentar. Até lá, delicio-me com os frutos acabados de colher,
empoleirada no muro ou pendurada nos ramos, tentando alcançar os mais difíceis.
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