julho 25, 2018

Pintura em sapateira






























Das ideias no papel passei para a prática e meti mãos ao trabalho. A obra está concluída. Agora encontra-se à entrada de casa, lá ao fundo do corredor, lado a lado com obra mais antiga. Claro está que parte do projecto inicial foi suprimido, ou seja, ficou sem a escrita antes planeada. O composto de palavras, que seriam divididas e sobrepostas aos losangos. Lá se foi a frase bonita e inspiradora. Não se pode ter tudo e antes que estragasse o que já estava feito, fiquei-me por ali! :D


Ficou mais cleen é certo. Se melhor ou pior, não chegarei a saber. Mas, como nada é permanente, lá mais à frente num tempo ainda distante, logo se verá se a minha agora recente criação será tela para alguns caracteres.


























































Há cerca de uns 17 anos comprámos vários móveis de madeira em cru (sem acabamentos), inclusive estas duas sapateiras. O meu trabalho foi terminá-los. A estas duas peças, uma dei-lhe uma pintura de base em branco e por cima aquele verniz colorido azul a imitar a ganga. Na outra, e que agora modifiquei, apenas lhe dei um acabamento com verniz normal incolor. O bicho da madeira entrou com ela e danificou-a na parte superior (mas isso é matéria para outro post) e eu nem aprecio mesmo nada móveis envernizados, pelo que estava mais do que na hora de a alterar.


Esqueci-me de fotografar o antes, mas tem com o móvel já lixado e sem verniz e a cor não difere muito. 


 Aqui, ainda o processo de acabamento estava na sua fase inicial. Fundo com uma demão de primário (branco) e exterior também com uma demão de tinta azul. Adoro esta tonalidade que ora parece azul, como verde ou cinza. Tudo depende da luz e do ângulo e dá-lhe um ar vintage



A face central e exterior das portas ganhou um axedrezado rústico que teve como base uma demão de cinza (neste caso misturei um pouco de preto em branco), que espalhei de forma pouco homogénea. 


Os losangos em azul (parece branco, mas não é!), foram feitos pelo método de stencil, mas limitei-me a cortar e pintar por cima do papel, sem recorrer ao acetato. Para quem quiser entrar nestas aventuras, não esquecer de entre cada demão, lixar sempre!
Completei com uma fina e irregular camada em azul por cima e no final lixei com lixa de grão fino, mas sem muito cuidado, para dar aquele aspecto rústico. 


























O interior ganhou um azulão para contrastar com a parte de fora. Só se vê ao abrir, mas ficou giro.
Para finalizar, usei cera incolor (de abelha, é o que dizem), que dei por duas vezes com uma boneca (trapo) e quando secou puxei o lustro com um pano seco e limpo. Ficou muito macio ao toque e a pintura protegida. Agora que descobri esta cera não quero outra coisa! eheheheh

Da oficina da maga para vocês,
     com votos de boas pinturas! 


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