Das
ideias no papel passei para a prática e meti mãos ao trabalho. A obra está
concluída. Agora encontra-se à entrada de casa, lá ao fundo do corredor, lado a
lado com obra mais antiga. Claro está que parte do projecto inicial foi
suprimido, ou seja, ficou sem a escrita antes planeada. O composto de palavras,
que seriam divididas e sobrepostas aos losangos. Lá se foi a frase bonita e
inspiradora. Não se pode ter tudo e antes que estragasse o que já estava feito,
fiquei-me por ali! :D
Ficou
mais cleen é certo. Se melhor ou
pior, não chegarei a saber. Mas, como nada é permanente, lá mais à frente num
tempo ainda distante, logo se verá se a minha agora recente criação será tela
para alguns caracteres.
Há cerca
de uns 17 anos comprámos vários móveis de madeira em cru (sem acabamentos), inclusive
estas duas sapateiras. O meu trabalho foi terminá-los. A estas duas peças, uma
dei-lhe uma pintura de base em branco e por cima aquele verniz colorido azul a
imitar a ganga. Na outra, e que agora modifiquei, apenas lhe dei um acabamento
com verniz normal incolor. O bicho da madeira entrou com ela e danificou-a na
parte superior (mas isso é matéria para outro post) e eu nem aprecio mesmo nada
móveis envernizados, pelo que estava mais do que na hora de a alterar.
Esqueci-me
de fotografar o antes, mas tem com o móvel já lixado e sem verniz e a cor não
difere muito.
A face central e exterior das portas ganhou um axedrezado rústico que teve como base uma demão
de cinza (neste caso misturei um pouco de preto em branco), que espalhei de
forma pouco homogénea.
Os losangos
em azul (parece branco, mas não é!), foram feitos pelo método de stencil, mas
limitei-me a cortar e pintar por cima do papel, sem recorrer ao acetato. Para quem quiser entrar nestas aventuras, não esquecer de entre
cada demão, lixar sempre!
Completei com uma fina e irregular camada em azul por cima e no final lixei com lixa de grão fino, mas sem muito cuidado, para dar aquele aspecto rústico.
O interior
ganhou um azulão para contrastar com a parte de fora. Só se vê ao abrir, mas
ficou giro.
Para
finalizar, usei cera incolor (de abelha, é o que dizem), que dei por duas vezes
com uma boneca (trapo) e quando secou puxei o lustro com um pano seco e limpo.
Ficou muito macio ao toque e a pintura protegida. Agora que descobri esta cera
não quero outra coisa! eheheheh
Da
oficina da maga para vocês,
com votos de boas pinturas!
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