março 26, 2020

Quarentena - dia 13





Se fosse escrever sobre o dia de hoje teria de falar no pesadelo que me acordou a meio da noite com uma taquicardia, da dor de cabeça que persistiu pelo dia todo, das burocracias e das muitas pesquisas e leituras para tentar entender as leis, que neste momento estão muito confusas… Do outro lado da linha telefónica só se ouvem vozes baixas, arrastadas, que deixam adivinhar um encolher de ombros perante a incapacidade de dar uma resposta assertiva tal é o caos…

Mas, prefiro deixar-vos com um poema de esperança escrito pelo grande Mário Quintana, poeta brasileiro.

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…


“Viver é acalentar sonhos e esperanças,
Fazendo da fé a nossa inspiração maior.
É buscar nas pequenas coisas,
Um grande motivo para ser feliz!”
- Mario Quintana -

🍀


 (Foto do meu arquivo pessoal, tirada durante uma viagem a Inglaterra.)



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