março 23, 2020

Quarentena - dia 10






Hoje deu-me para isto. Para remexer no passado, ou nos antepassados. Fui buscar o dossier dos registos de nascimento que “pesquei” durante manhãs ou tardes inteiras no arquivo de Santarém. Tenho os papéis até 1862, daqueles que pertencem a este arquivo. Isto começou em 2008, com o curso de astrologia. Apanhei-lhe o gosto e durante anos pesquisei, e pesquisei… Sempre que encontrava o registo daqueles que me deram a genética, eu ficava eufórica e “bebia” cada palavra (muitas vezes hieróglifos) com tal paixão que quase os via materializarem-se na minha frente. O saber ler os mapas astrológicos também ajudava e agradecia por se lembrarem de lá terem escrito as horas, se é que as sabiam mesmo. Quero acreditar que sim e que não trapacearam o padre da época (que era quem fazia o registo de nascimento de há 100 anos para trás). Às vezes até no dia se enganavam, quanto mais na hora, mas quero acreditar que os meus não. Que é mesmo aquilo que vem nas fotocópias que me deram. E sou tão agradecida!

A certa altura empanquei. Não havia mais nada. Ou eram anos desaparecidos num incêndio e lá se foi a trisavó. Ou era o nome da bisavó que não coincidia com as filhas do pai delas. Ou então nasceram fora do meu alcance, espalhados por várias partes do país. E ir a Évora, Portalegre, Coimbra, Viseu e mais uns quantos não me pareceu assim tão viável… Ou a Torre do Tombo que foi ficando sempre para depois.

Hoje dei por mim a remexer no puzzle e na impossibilidade de sair de casa, comecei a pesquisar no Google. Acho que tenho peças para juntar por um bom tempo…Assim espero, porque tempo é o que não me falta e a cabeça está ocupada.

🍀


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