agosto 31, 2017

Danças com alma...


Deve ser esta minha costela espanhola, ou a alma cigana, que fazem o meu coração vibrar ao som das músicas e das batidas dos tacões, durante as danças do país nosso irmão. Tanto as sevilhanas como o flamenco são muito ricos nas cores e nos movimentos. O segundo é mais teatral. Cada dança conta-nos uma história e todo aquele “namoro” entre os bailarinos é muito mais do que uns passos de dança e leva-nos para o mundo das emoções e das relações. Arte pura.

Este testemunho (ou post), dedico-o à Ana, um bonito ser, a quem o flamenco corre nas veias e a quem tive o prazer de conhecer quando passei pela Vida Clinic para tratar uma crise de coluna. Sou grata a todos eles, não só pelas dores que lá deixei e não trouxe comigo, como pela “injecção” de esperança que me deram… 




















Olé!!

agosto 23, 2017

Passeio de Domingo - parte II


Domingo enchemos os olhos de beleza, energizámos o corpo e voltámos de alma lavada. Primeiro com o passeio no passadiço de madeira de S. Martinho do Porto e de tarde, nas águas e areal da Foz-do-Arelho. É disto que a felicidade é feita, de momentos, de gargalhadas e de afectos partilhados.

O único senão, o estacionamento mais que esgotado. Meio mundo lembrou-se de rumar à costa naquele dia. Assim, pela dificuldade em arranjar um pedaço de chão onde arrumar a carrinha, deu para conhecer um pouco da outra ponta da lagoa, uma zona mais destinada às canoas e pescadores. A paz face ao caos. Quando finalmente chegámos ao areal, já os outros elementos da família tinham as toalhas estendidas e os chapéus-de-sol espetados e a convidar ao relaxe. Eu não sou muito dada aos banhos de sol, ao invés disso, prefiro caminhar e sentir os pés a enterrar na areia, ou na água fria. Apanhar conchas e surpreender-me com a beleza multicor das pedrinhas que a natureza espalhou por ali.

Houve até tempo para partidas de futebol e nem umas canelas esfoladas roubaram os sorridos aos jogadores, com a claque atenta e a fotógrafa (euzinha) a dar o seu melhor!






agosto 22, 2017

Passeio em S. Martinho do Porto

Já vos tinha falado aqui, sobre a bonita baía de S. Martinho do Porto e no Domingo passado tive finalmente a oportunidade de fazer o passeio a pé, pela ciclovia e pedonal que vai desta até à povoação vizinha, Salir do Porto. Tem a particularidade de ter sido construída em madeira e sempre pela beira-mar, o que torna o passeio bem mais interessante. Fomos em família.



💙


agosto 21, 2017

Eclipse solar

























Hoje é dia de eclipse do Sol, fenómeno que sempre desperta atenção e curiosidade. Mais visível numas partes do globo do que noutras, pelo que, astrologicamente, o seu efeito a nível mundial será mais sentido onde também for mais visível. A nível pessoal, não vale a pena levar tudo ao pé da letra (do que se lê), porque o mais provável é a maior parte de nós mortais nem darmos por ele nas nossas vidas. Basta ver onde se dá (nos mapas de nascimento) e o que cada um lá tem. Neste caso específico, é já no final do signo de Leão, onde o Sol é rei e senhor e por breves momentos a sua consorte (a Lua) o ofusca, colocando-se-lhe à frente. Qual rei gosta de se sentir apagado? Provavelmente nenhum!

Isto poderá eventualmente significar algumas mudanças de foco e até o reviver de velhas situações. É a Lua que traz o passado e questões mais emocionais. Dependendo daquilo que esta Lua Nova vai tocar no nosso mapa, é onde poderá ocorrer alguma viragem. Ver sobretudo que planetas (de preferências pessoais) se encontram no final de Leão, ou então, no final de Aquário. Ver também que áreas de vida estão representadas por esses mesmos planetas e poderá ser aí que se faça sentir.

Ah! E não esquecer de proteger os olhos caso queiram andar a olhar para o céu nessa hora. Cuidado com os efeitos prejudiciais nos olhos e na visão. O melhor é ver de forma indirecta. Por isso, não olhem lá para cima, nem mesmo com óculos de sol!

                              
                                                                                  Fonte de imagem: Pinterest

agosto 14, 2017

Tie-dye


Tie-dye é nada mais, nada menos, que o tingimento de tecidos de forma artesanal, depois de amarrar parte deste com cordéis, ou algo semelhante, de forma a cobrir o que se quer manter na cor original. O resultado é um desenho irregular, mas de surpreendente beleza. Cada peça é única e um mistério, até se começar a desenrolar o tecido tingido. Foi uma técnica muito usada nos anos 60 pelo movimento hippie.

A primeira vez que fui à descoberta das mandalas resultantes do tingimento por cozedura, era adolescente, no virar da década de 70 para 80. Fiz uma bolsa para guardar guardanapos. Naquela época as meninas faziam enxoval, lá está! Era assim uma espécie de dote! Rsrsrsr

Mais tarde, já mãe, foi a vez da minha filha mais nova descobrir este método tão original e de se aventurar na transformação de um vestido. E de uma tarde (a duas), entre panelas, tecidos e tintas, saiu uma obra de arte. Há pois é! O tingimento em "tie dye" dá verdadeiras obras artísticas! Para nós foi mesmo uma grande surpresa, porque quando começámos a enrolar o tecido, a atar cordéis e de o pôr a cozer na panela com os corantes, um a um, não sabíamos o que iria sair dali.

Tornamos a repetir a experiência, mas desta vez com uma camisa branca e corante preto (que no final resultou em tons de cinza). As cores mais ou menos fortes conseguem-se usando mais ou menos corante. Seguimos as instruções que vêm no pacote do corante em pó. Na água da cozedura juntam-se umas colheres de sal e depois na água da lavagem, é o vinagre para fixar a cor.


 As fotos que se seguem, foram do processo de tingimento, mas esqueci-me de fotografar a parte em que se ata o tecido com os ditos cordéis. Usámos tiras de trapilho. 



 
Aproveitámos a mesma água para tingir também um pedaço de tecido, com o qual confeccionei uma almofada para o quarto dela.










E por último, o vestido primeiro, a obra resultante da iniciação da minha Helena no mundo dos tecidos tingidos em casa!
Feito com o 💜
                   

agosto 08, 2017

Água, por favor volta!


Domingo ao final da tarde, com o corpo a pedir um bom banho de água doce e o cabelo emaranhado pelo sal e pela água da praia, meti-me na banheira e fui presenteada com um duche lamacento. Aos meus pés a água começou a cair suja, amarelada. Passados os primeiros segundos em que um daqueles pensamentos parvos nos atravessa a mente (neste caso, era eu que estava imensamente suja), percebi que havia problemas. Mal sabia eu que aquilo era só o começo de uma enorme provação para uma cidade inteira. Tomei o meu banho na mesma. Substituí o sal no corpo por areia, mas do mal, o menos.  

À noite, na net, começaram a surgir as publicações sobre o incidente (se queremos saber as novidades é correr para o facebook ;) ) e a situação era geral. Não foi só na minha casa-de-banho. Um problema com o furo de água devido à escassez no sub-solo e a areia subiu para as canalizações. Grande dor de cabeça, é o que é!

Cá para mim, foi um complô entre a fábrica das toalhitas e as das águas engarrafadas. A esta hora já devem ter esgotado nos supermercados.

Sei que há gente a trabalhar noite e dia para resolver o problema e que um novo furo vai ser preciso construir. Mas, como um mal nunca vem só (dizem!), durante a noite passada, quando tudo se encaminhava para água começar a jorrar das nossas torneiras, limpa e transparente (mais ou menos), houve o rebentamento de uma conduta. E lá voltamos à estaca zero. Ou seja, sem fim à vista do regresso aos tempos primitivos (ainda mais para quem vive acima dos primeiros andares).

Ontem à noite os genros vieram tomar banho cá a casa. Na casa de banho do r/c saía um esguicho que deu para desenrascar quem durante o dia trabalhou no duro… Água fria e turva, mas podia ser pior. Há quem nem isso tenha. Ou podia ser Inverno.
Hoje, dois dias depois, nos pisos térreos já corre água que basta para accionar o esquentador, mas quem mora em andares continua a viver o drama das torneiras secas.

É quando não a temos que lhe damos valor. Água, este bem tão precioso!



                                                                                                    Fotografia de Lara Zankoul

agosto 01, 2017

Roupa de papel
























A imaginação tem o tamanho que cada um lhe quiser dar e que o diga a Srª dona Cândida Henriques, uma octogenária muito prendada, com mãos de fada que lá vai dando forma a roupas de papel. Isso mesmo que acabaram de ler, trajes todos feitos em papel, até ao mais pequeno detalhe. Eu tive de olhar bem de perto, para me convencer que realmente nem as blusas tinham tecido na sua confecção.

Estes modelitos fizeram parte de um desfile integrado nas festas do centro de bem-estar social de Vale Figueira, que vai tendo umas iniciativas bem interessantes e dinâmicas, com os seus utentes e que todos os anos leva a população ao centro (ou vice-versa), tendo como tema principal, um concurso de arroz-doce. E que bem que me soube!