O tio Joaquim, mestre na arte da
poda, a ensinar o aspirante a agricultor como se faz uma cepa. E estas são das
boas. Na última colheita, já em tempo de obras, pisguei-me algumas vezes para
colher os doces bagos perdidos no meio das ervas altas. Não percebo nada de
castas, mas aqui encontrei algumas variedades. Uva de mesa. Bagos grandes.
Brancos. Tintos. Cachos de uva pequena e doce como tantos que cortei nas minhas
férias escolares e que tinham como destino um qualquer lagar onde seriam
esmagados e transformados em vinho. Pouco sei da cultura da vinha, mas sei que esta
pequena amostra é muito mais do que eu esperava. E também sei que tenho muito
trabalho pela frente. Muita terra para cavar. Muito que limpar. Mas, como boa
“taurina” que sou, chegarei lá. Trabalhar a terra faz parte do sonho e do
signo. Mexer na terra é terapêutico. Pelo menos para mim.