dezembro 31, 2016

Resoluções de ano novo


Bem que poderia dizer que em 2017 quero ir a Paris (sonho antigo), publicar um livro, voltar a ter o mesmo peso que aos 20 anos, ou passar a deslocar-me na minha vassoura voadora…

Mas nada disso, a minha lista é bem realista e só com desejos que sei serem alcançáveis e possíveis de realizar a curto prazo. Nunca fui de escrever as minhas resoluções de ano novo. Aliás, nunca fui de pensar no assunto, para além de 1 ou 2 desejos que depois caem no esquecimento, pelo que desta vez faço as coisas como manda a tradição e deixo aqui registado para me obrigar a não esquecer. Vocês são testemunhas!


Ora, cá vai…

- Começo pelo blog e página do facebook com o mesmo nome deste: escrever mais! Estes merecem, os meus leitores merecem, e eu mereço!

- Fazer uma maior divulgação do meu trabalho! Este ponto está de certa forma ligado ao anterior… Por vezes, quando me perguntam qual a minha profissão, eu hesito, repenso e acabo a dizer: “dona de casa”. Quem está do outro lado e que só quer um dado para pôr na minha ficha, levanta a cabeça, pensa por momentos e comenta: “doméstica”. E eu, com vontade de dizer que não fui domesticada, limito-me a responder: “olhe, não escreva aí nada!” Porque continuo eu a complicar?! É tão mais simples dizer ASTRÓLOGA. Afinal, a minha profissão até tem nome!

- Voltar a desenhar! Ou antes, tentar redescobrir um talento que não sei se ainda possuo.

- Transformar a tertúlia na oficina da maga! Esta é fácil, só basta angariar umas ajudas para carregar com os pesos mais pesados.

- Adquirir uma nova máquina de costura. Uma boa máquina de costura eléctrica! Já andei a fazer umas pesquisas online, mas como os modelos que mais me atraem são carotes, vou ter de baixar a fasquia.

- Retomar os estudos/pesquisas sobre a minha genealogia! Esta não é muito fácil, pelo que já nem peço para a completar. Basta-me que recomece onde parei e vá procurando, mesmo que pouco a pouco. O importante é não voltar a parar por tanto tempo. Terei de gastar muitas horas na Torre do Tombo e deslocar-me a outros arquivos, noutros distritos.

- Aprender sobre alimentação macrobiótica! E de preferência, aplicar os conhecimentos adquiridos, na cozinha.

- Levar o Reiki mais a sério! Persistência e mais persistência, para que este volte a fazer parte dos rituais do meu dia-a-dia. Estes dois últimos anos foram mesmo para esquecer!!

- Exercício físico! Marido prepara as bicicletas! :D 
Retomar os Pilates (sem paragens, de preferência). É desta que vou para a hidroginástica! (A minha filha Helena se lê isto vai já a correr inscrever-nos nas piscinas e depois é que não posso mesmo dizer que não, que está frio, ou que o cloro me estraga o cabelo…) :)

- Fazer um curso de escrita criativa ou de fotografia! Esta é um extra, um bónus, ou prémio de bom comportamento a mim mesma se conseguir cumprir/realizar todas as anteriores.




Feliz ano novo!

                                                                                                              Foto via Pinterest

dezembro 30, 2016

A aldeia do sal...


Num reino distante, certo dia, uma princesa ao dizer ao rei seu pai que lhe queria tanto como ao sal, foi expulsa do reino. Depois de muito andar, foi ter a um castelo onde, ao descobrirem a sua linhagem, a receberam de braços abertos. Sabem como é, nestas coisas há sempre um príncipe casadoiro, que depois de muitos testes à suposta princesa para se certificar da veracidade do seu sangue azul, se apaixona perdidamente e lhe pede a mão em casamento. E assim foi! E convidaram todos os reis e rainhas dos reinos vizinhos e dos não vizinhos, inclusive os pais da (des)afortunada princesa. A noiva encarregou-se de preparar a comida que iria ser servida ao seu pai, com as suas próprias mãos, e não lhe colocou nem um grão de sal. Já quando todos se encontravam à mesa a comer e beber à grande, o dito rei, achando a comida intragável, horrível mesmo, reclamou, praguejou (e vá lá não terem tombado umas quantas cabeças na cozinha)! A princesa sua filha, que até então andava disfarçada, revelou-se e foi aí que o rei percebeu  o porquê dela antes lhe ter dito que lhe queria tanto como ao sal. Há lá alguém que goste de comida insonsa! O rei arrependeu-se de a ter expulsa de casa e depois muitas lágrimas, abraços e pedidos de perdão, a festa lá continuou. E foram todos felizes para sempre!


Das pessoas que conheço, sou aquela que menos sal usa para cozinhar (há que cuidar do coração!), mas uso algum, não faço como a princesa. Procuro é sal de qualidade, 100% natural, feito tradicionalmente e sem recurso a aditivos químicos. Sal branquinho e limpinho, uso, mas para lavar o chão e mandar embora as energias negativas que por algum descuido se tentem instalar aqui em casa.

Aqui tão perto, e só ontem visitei as salinas de Rio Maior pela primeira vez. Foi uma visita rápida de final de tarde e com a aldeia a trabalhar a meio gás, mas valeu a pena. A própria aldeia de casinhas em madeira já é um bonito e autêntico presépio!

Aproveitei e comprei 1 kg de sal!


dezembro 27, 2016

À deusa Branwen...


Em vésperas da Lua Nova, um ciclo que se renova e é propício à criação de novos projectos e de dar asas aos sonhos, trago-vos a Deusa Branwen na forma da carta do tarot a “Estrela”.

Branwen é uma deusa celta que foi casada com o rei da Irlanda, no entanto, esta união não trouxe paz entre os povos dos dois países, contando-se até que a deusa viveu uma vida de prisioneira e de criada na sua condição de esposa, como castigo por o seu irmão ter morto os cavalos do rei e seu futuro esposo, durante a festa do casamento. É possível que esta história seja baseada em factos verídicos e Branwen tenha existido mesmo e não seja apenas fruto da imaginação como muitas outras lendas.

Enquanto criada nas cozinhas do castelo, ela domesticou um estorninho que enviou como mensageiro, a Gales, o seu país de origem, com um pedido de socorro. Trata-se de uma história trágica e triste, mas foi a enorme paciência, esperança e criatividade para se libertar da prisão em que vivia e dos maus tratos do marido, que fez desta deusa um símbolo a evocar quando procuramos inspiração e queremos iniciar um projecto novo, ou superar uma perda ou momento de dor.  

Tem como símbolo o caldeirão, a Lua prateada e algumas aves, como é o caso do corvo branco, da pomba e do estorninho. Como planta, o amieiro, uma árvore que cresce junto aos rios e lagos.



Oração a Branwen

Mostra-me como curar através da minha empatia
Ajuda-me a encontrar o meu poder, para que os sentimentos não me dominem.
E para que eu possa partilhar a cura e o amor em abundância.

Deusa Abençoada da Beleza Radiante
Abre os meus olhos para que eu possa sempre ver o esplendor diante de mim
Para que eu saiba que em tudo há beleza
Pois, ao ver a beleza, sinto alegria e acrescento beleza à beleza ao meu redor.

Deusa abençoada da vontade tão forte
Guia-me para enfrentar os meus desafios de forma criativa
E para ver claramente os caminhos para a sua resolução
Pois na busca de novas maneiras, eu trago a essência da mudança para a nossa sociedade.


Pode invocar-se a deusa dizendo esta oração e colocando as mãos sobre o Chacra do coração.

 O Arcano de tarot a Estrela, saiu como carta do dia para hoje e pode vê-la aqui 


dezembro 24, 2016

Velhoses de abóbora à mãe Rosa

Na minha família as Rosas não são aos molhos mas davam para formar um belo jardim. Um roseiral multicor. Rosas vermelhas, outras brancas, ou cor-de-rosa. Com mais ou menos espinhos, cada uma à sua maneira lá vai dignificando o nome daquela que é considerada a rainha das flores.


E é sobre a Rosa mãe, a minha, que hoje vos fala este “post”. O Natal da minha infância e adolescência tinha o cheiro das velhoses de abóbora e filhós que a minha mãe amassava e fritava no óleo quente ao lume, em dia de véspera. E o aroma da canela misturada no açúcar que eu polvilhava assim que doiradinhas saltavam cá para fora. Com o tempo, a chaminé grande deu lugar aos fritos no fogão. Eu passei a ter a minha própria cozinha sem fritos à lareira. E o ritual foi-se extinguindo, sobrando só meia dúzia de filhós que por vezes a mãe Rosa ainda se lembra de fazer para não deixar morrer a tradição.

E ontem, lá experimentei fazer os meus primeiros velhoses de abóbora, com os ingredientes ditados à pressa, dela e minha, num telefonema a correr. Mandou-me assim para o ar, o que ela via fazer à madrasta na meninice dela.

- Abóbora cozida e bem escorrida (que pode ser até de véspera para perder todo o líquido). Farinha e fermento (de padeiro ou do outro). Aguardente para dar aquele gostinho, não te esqueças. Ah, ela (a madrasta) metia uma pitada de açúcar também. E canela e erva-doce. Raspa e sumo de laranja. Um fio de azeite. Sal grosso, que antigamente não havia sal fino. O sumo e os ovos vão-se acrescentando porque é o que vai humedecer a massa.

E quantidades? Mãe, que quantidades?

- Olha, desenrasca-te! É a olho!

E nisto, já eu estava com um pé entre portas para ir fazer as compras para o jantar de Natal e ela, com ambas as mãos a fazer a mala para viajar. É o primeiro natal que não vamos estar à mesma mesa…

E entretanto lá fui fazer da minha cozinha um laboratório experimental…

Usei as quantidades que menciono em baixo e o resultado final não ficou mal, mas não teve nota máxima. Talvez um pouco mais de açúcar na massa (ou não!). Eu até gosto assim, porque o açúcar e a canela do polvilho compensam. E podiam ter ficado mais fofas. Menos farinha? Ou um pouco mais de líquido, para a massa não ficar tão densa? (ah, o fermento diluí-o em meio copo de água de cozer a abóbora). Deixei a massa a crescer num alguidar por cerca de 1h40, e quando já tinha quase duplicado de volume e apresentava um bonito arrendado, fritei às colheradas em óleo abundante.

Para a próxima corre melhor!

Ingredientes:
1200 gr de abóbora menina aos cubos
800 gr de farinha de trigo
15 gr de fermento de padeiro
4 laranjas (sumo e raspa)
6 ovos
1 cálice de aguardente
1 colher de sopa de azeite
1 colher de sobremesa de açúcar
1 pitada de sal
1 colher de chá de canela
1 colher de chá de erva-doce
Óleo para fritar
Açúcar e canela para polvilhar

Bom apetite e feliz Natal!


dezembro 19, 2016

A viagem de Mercúrio em marcha atrás...



Numa semana em que muitas pessoas andam numa correria para comprar os presentes de Natal e tratar de tudo o que diz respeito a esta quadra, venho falar sobre as influências astrológicas do momento, mais precisamente Mercúrio Retrógrado!

Desde ontem que Mercúrio se encontra aparentemente “parado” para amanhã (dia 20) retomar o andamento, mas para trás, o que em astrologia se chama de movimento “Retrógrado”.
Esta aparente movimentação para trás, leva a que o desempenho do referido planeta fique comprometido, podendo significar alguns atrasos, mudanças e até cancelamento de planos.

Mercúrio é o planeta de todas as formas de comunicação, das trocas e dos negócios.

Este bem pode ser um período de revisão sobre o nosso modo de estar e viver esta época. Capricórnio, o signo onde Mercúrio se encontra, materializa e traz poder de decisão e sentido de responsabilidade e ainda durante esta retrogradação ele voltará ao signo de Sagitário, para nos levar a rever os nossos ideais. Diria mesmo, que este trânsito é uma chamada de atenção para deixarmos de olhar só para o nosso umbigo e abrimos os olhos para o que se passa à nossa volta. Sei que Mercúrio em Capricórnio dá uma visão mais pessimista e tenho notado bastante isso no que se escreve nas redes sociais. Noto um decréscimo na capacidade de sonhar. Uma amargura latente ligada a um consumismo já não tanto desenfreado, mas mais frustrado. E é aqui que entra Mercúrio, que nos conduz nesta viagem em marcha atrás e que me faz lembrar a história do Sr Srooge, o velho avarento, que numa noite de natal com a ajuda dos seus fantasmas, volta a descobrir o verdadeiro espírito de natal e o sentido da vida.

A 28 de Dezembro, o planeta encontra-se com o Sol e a Lua, que se encontram numa fase de namoro. Esta Lua nova vem trazer a vontade de fazer algo novo, diferente. Bem que podemos aproveitar este trânsito de Mercúrio para reflectir sobre o que queremos para o novo ano!
A partir do dia 9 de Janeiro de 2017, Mercúrio encontra-se de novo no seu movimento directo, nos últimos graus de Sagitário. É como se fosse lá atrás buscar uma nova esperança, uma luz ao fundo do túnel.



                                                                                      Imagem via Pinterest

dezembro 13, 2016

Remédio caseiro para garganta irritada







Existem mezinhas caseiras do tempo da avó que ainda hoje continuam a ser usadas e a surtir efeito e eu sou adepta de algumas delas. Quem me conhece sabe que fujo de medicamentos químicos sempre que posso e há males menores que não justificam que encharque o organismo com drogas que acabarão por ter os seus efeitos secundários. Aqui em casa já todos em algum momento, recorreram ao meu tratamento caseiro e natural, para gargantas irritadas e que é tão somente mel com limão e água. Faço a “olho”, sem medições e nem tempo certo de aquecimento, mas deixo-vos aqui as quantias aproximadas:

Sumo de meio limão
1 colher de sopa de mel
2 ou 3 colheres de sopa de água

Num copo (sem ser de plástico), junta-se tudo e vai a amornar (sem ferver). Costumo fazer isso no micro-ondas por ser mais rápido, mas também pode ser aquecido em banho-maria. Bebe-se em pequenos goles. Atenção à temperatura do líquido para não provocar queimaduras!

Hoje, eram seis da manhã e tinha o marido a acordar aflito com a garganta a queimar. Aflito pelo mal-estar e porque a voz é o seu instrumento de trabalho. E lá fui eu à cozinha da maga preparar a poção mágica. Felizmente o efeito é quase imediato e pôde assim dormir mais um pouco antes de ir trabalhar. Com este tempo frio, correr ao fim do dia e acompanhado, o que leva a ir na conversa, tem destas coisas! Durante o dia, e fora de casa, acabou por recorrer às pastilhas para a garganta, para colmatar as longas horas sem tomar nada, mas daqui a pouco antes de dormir preparo-lhe outra dose e não tarda está fino! J
Já o genrinho mais novo, volta e meia pede-me a mezinha para a garganta. É sinal de que se tem dado bem!



Nota: qualquer conselho medicinal que eu aqui dê, não substitui uma consulta médica!


                                                                                                      Créditos de imagem: Remédio da terra 

dezembro 07, 2016

Rosemary - um sonho ou o meu pé de alecrim!





Na minha última publicação falei sobre um sonho. Sonho este que conta já três anos, mas que ainda hoje me faz sorrir. O meu inconsciente tem ideias muito interessantes, mas dessa vez até que foi bem realista e nada dos habituais filmes à "Alice no país das maravilhas"!

Rosemary!
Uma ideia de negócio com uma linha de produtos produzidos por mim e com distribuição via internet... Fosse há 15 ou 20 anos atrás e era um caso a pensar. Hoje a minha "onda" é outra. O nosso cérebro tem com cada ideia! Às vezes até parece que ganha vida própria quando entramos em modo standby.  :)
Quando criei este blogue ainda ponderei dar-lhe esse nome, mas acabei por optar pelo “maga rosa”…

Rosemary, é o meu nome invertendo a ordem dos nomes próprios e traduzindo para inglês, mas também o de uma planta que gosto muito. O alecrim!
É uma óptima planta para se ter no jardim, pelas suas propriedades, não apenas decorativas, medicinais e gastronómicas, mas também pela protecção que confere à casa e seus habitantes. Tem muito boas energias. Neutraliza as energias negativas do olho gordo (inveja), atrai bons sentimentos e a alegria de viver. Pode usar-se um raminho debaixo do travesseiro para afastar os sonhos maus. Fervida e o líquido resultante misturado na água para lavar o chão, é uma boa forma de limpeza energética da casa.


Um raminho de alecrim, juntamente com louro, fazem parte do meu amuleto de protecção na entrada da casa! ;)

dezembro 03, 2016

O tamanho da criatividade...



Descobri que a minha criatividade tem o tamanho de uma mesa, a mesa que em tempos decorei com destino ao meu atelier de costura. Ela tem o tamanho certo para poder abrir os braços e lançar voo nas voltas de uma mente cheia de caminhos de mil cores.  A noite nem sempre é boa conselheira, mas por vezes tem o cenário perfeito para explanar as ideias. E hoje, sozinha no meu quarto improvisado, uma espécie de enfermaria na sala, com a cozinha à mão de semear e mais uma vez deitada de costas para suportar e tratar esta malvada crise de coluna, dou por mim a furar a noite com mil pensamentos. E cheguei à conclusão que a minha vida é feita de quases…

…Uma quase carreira na psp que larguei devido às muitas pedras que se atravessaram no meu caminho, num tempo em que a mulher tinha que travar uma dura batalha num campo que pertencia só aos homens. Era esperado que me comportasse como uma super-mulher, uma mulher-macho, uma padeira de Aljubarrota, mas eu era apenas pouco mais que uma menina.

…Um quase negócio nas artes e ofícios das linhas e agulhas, mas que por azar foi muito antes do tempo da internet. Se fosse hoje, podia ter uma daquelas lojas virtuais, mas ando sempre fora de tempo. (há uns tempos tive até um sonho sobre isto, que haverei de publicar aqui).

...Um quase livro que comecei a escrever e ficou parado no tempo, algures enfiado numa gaveta do word e que provavelmente se hoje o for ler, já nada fará sentido.

...Um quase atelier de costura que vi fugir por entre os dedos quando as minhas meninas resolveram dar outro rumo à minha mesa das criações.

…Uma quase oficina de bricolage e restauro, que de tão agradável ficou deu azo a outras ocupações e alterações e lá voltei eu ao ponto de partida a lixar e pintar no quintal, ou na varanda da casa.

… E pelo andar da carruagem, a uma quase carreira como astróloga e tudo o mais a que isso me possa levar…

Hoje sou quase coruja a atravessar a noite num voo silencioso e solitário. Uma mente demasiado activa num corpo em busca de equilíbrio dá nisto!