abril 30, 2020

Quarentena - dia 48





Hoje é o último dia de Abril. Quase dois meses desde que tivemos o primeiro caso em Portugal. Mais de mês e meio de isolamento social e a viver um dia de cada vez, sempre na expectativa do que viria a seguir. E assim segue, na expectativa do que virá depois do levantamento do estado de emergência. A aguardar o desenrolar dos próximos dias e das próximas semanas. A observar.

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abril 29, 2020

Quarentena - dia 47





O dia de hoje foi cheio de surpresas. Que a Helena tenha feito anos, isso não é surpresa nenhuma. Há 26 anos que sei que este é o dia dela e é um dia sempre especial (pelo menos para mim). E que tem boas amigas também não é surpresa nenhuma. Ela é uma boa menina pelo que ter boas pessoas à sua volta é perfeitamente natural. Nós atraímos na medida daquilo que emitimos. Se a vibração é boa, só podemos atrair boas pessoas. Agora, descobrir que a Milka (a nossa cadelinha) sabe ler, isso sim foi uma tremenda surpresa. Então não é que ela olhou para a caixa dos chocolates da Milka e achou que era para ela? Viu o nome dela na tampa da caixa e vá de abrir e lamber os corações doces. Pudera, são tão bons!


Bem, estou a contar-vos isto como alerta. Todo o cuidado é pouco no que toca a chocolates e cães. O chocolate é altamente tóxico para estes animais e não pudemos facilitar de modo algum. No caso, a Helena distraiu-se por breves momentos deixando a caixa em cima da cama e quando olhou, a sua amiguinha tinha levantado a tampa e possivelmente comido um e lambido uns tantos. Já só a viu a lamber a boca. Entrou em pânico e telefonou à amiga que trabalha numa veterinária, que por sua vez ligou à patroa. Felizmente foi tudo muito rápido e tivemos alguém a aconselhar-nos o que fazer. Meti-lhe uma colher de sal pela boca dentro e ela nem um minuto depois e estava a vomitar o que tinha comido. Não houve consequências, felizmente. Fica o alerta para quem está desse lado. Não facilitem com os vossos amigos de 4 patas. Chocolate pode fazer muito mal aos cães.


Para terminar o dia em beleza, ao sair à porta de casa, a filhota teve uma bonita surpresa (a juntar a outras que tinha tido pela manhã). Encontrou um bolo à porta, o carro decorado com balões e um enorme peluche lá dentro. E escondidas atrás de um carro, as duas amigas (e colegas da dança) que lhe prepararam a surpresa com a ajuda da irmã. Um gesto muito bonito, sobretudo num momento como este, em que nos pedem afastamento social. E sim, elas mantiveram-se afastadas. Não houve abraços e beijinhos, eu vi da varanda. No fim de contas, são as relações humanas (e não só humanas), que contam. São os gestos de carinho. As pequenas atenções. O tentar fazer os outros felizes. É isso o mais importante. É isso que faz a vida valer a pena. Nós não somos uma ilha deserta.


















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abril 28, 2020

Quarentena - dia 46




Há lugares que dispensam apresentações e este é um deles. Belo, mas selvagem o suficiente para não se tornar um lugar comum e assim continuar a ser um pequeno paraíso na terra. Ali sentimo-nos uns autênticos Robinsons Crosue.

A minha Helena de Tróia faz anos amanhã, mas astrologicamente foi hoje o dia certo. Aquele momento, depois do Sol dar a volta completa aos signos todos e tornar a passar no mesmo ponto onde esteve há 26 anos, quando ela respirou o nosso ar pela primeira vez. Raramente acontece na mesma hora do nascimento. Pode até ser um dia antes ou um dia depois. Desta vez, para ela, foi às 8 e tal da manhã. Esta noite será a data e hora oficial, a do calendário.















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abril 26, 2020

Quarentena - dia 44





A rainha da Alice finalmente ficou pronta. O rosto foi o último a ser pintado, mas às vezes tem de ser assim. O mais difícil fica para o fim. Quando já não havia mais escapatória meti mãos à obra e a tirana (conta a história que ela era uma megera) ganhou vida. Ou parece. Às vezes ao descer as escadas e se olho de relance, quase fico com a impressão que está lá gente. Mas nada, é só uma pintura na parede.

Hoje aproveitei que o dia esteve de chuva e pouco convidativo para andar no quintal e terminei o que faltava. Dei os últimos retoques na cara e pintei os corações grandes da saia. Fico com a sensação de que falta alguma coisa nos ditos corações, mas por agora ficam assim. Às vezes bastam uns traços e tudo muda (aos meus olhos).

Já me demorei muito na rainha, pelo que é tempo de passar à frente. Ainda tenho um campo de flores para lhe pintar. Dizem que ela não gostava de rosas brancas, vamos ver se ainda lhe calham algumas… Vou tirar algumas flores da cartola a ver o que de lá sai. Depois conto-vos.  

















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abril 25, 2020

Quarentena - dia 43






Nada melhor para celebrar a vida que um nascimento. E numa época em que a liberdade nos diz tanto, por nos vermos limitados nos nossos movimentos em sociedade, o dia 25 de Abril, símbolo de liberdade, ganha uma outra intensidade. Escolhi esta foto precisamente por marcar um momento especial, um brinde à vida e à vinda de um bebé à família. O meu genro tinha acabado de receber a notícia de que foi tio. O irmão mais novo já é pai, depois de um dia de muita angústia. Não é nada fácil trazer ao mundo uma criança nestes dias tão complicados. Estas mães são umas heroínas. Largadas literalmente à porta dum hospital, sem qualquer possibilidade de acompanhamento e de apoio, quando o momento só por si, já é de fragilidade. E sem visitas durante o tempo de internamento. A actualidade assim o exige. Mas, está tudo bem. O dia é de alegria.


(Que me desculpem os meus leitores pelos tremeliques das imagens no vídeo, mas foi da emoção e a primeira vez que filmei com esta objectiva. Para a próxima fica melhor!)

Música que o meu querido marido cantou durante a live que fez para o seu público no facebook, e dedicou aos recém papás. “Os Putos” de Carlos do Carmo, um dos meus fadistas preferidos de sempre.

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abril 24, 2020

Quarentena - dia 42





Fia o fio fiandeira, fia também a linha da vida…

Hoje foi dia de voltar a um trabalho há muito remetido para um canto da oficina. O meu tapete de tiras. O meu tapete feito de retalhos e de roupas sem uso. Estava em pausa mas não esquecido. E hoje o tempo foi dedicado a cortar e coser, até ter um fio tão comprido que dê a volta completa ao tear labiríntico com que teço o meu tapete. Ao meu novelo que vou fiando sem roca, prendo farrapos de esperança e de sonhos com ponto corrido. E é este fio imperfeito que dará vida a um sonho muito mais que perfeito. O de fazer do mundo (ou do meu pequeno mundo), um lugar mais feliz para se viver.






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abril 23, 2020

Quarentena - dia 41



Energia boa esta com que fui recebida às 7h da manhã, na minha varanda virada para o nascer do sol. A mãe natureza é sábia e é madrugadora. Até os pássaros se juntam e fazem um bailado para a homenagear. E as minha árvores têm mais magia àquela hora e vistas dali.



Hoje saí um pouco à rua. Com as devidas precauções e afastamento social, claro está. Em tanto tempo foi a primeira vez que meti os pés para lá da porta da entrada, que quase me tinha esquecido de como é andar lá fora. Nem para ir às compras ou coisas tão simples como levar o lixo, pormenores de que a filha se tem encarregue. Mas hoje fiz o meu passeio “higiénico” como dizem os senhores lá de cima e valeu por mais uns tempos fechada em casa. 

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abril 22, 2020

Quarentena - dia 40





Desde que a pandemia começou, foi a primeira vez que sonhei com o assunto. A noite foi passada às voltas com o vírus. Numa primeira fase do sonho, antes das seis da manhã, (sei que foi antes porque acordei), as imagens estão mais sumidas da minha mente acordada. Mas sei que teve imensos contornos. No geral ficou a ideia de que se começava a andar lá fora. Nós (marido e eu), íamos a algum lado de carro. Penso que a uma zona de mar, ou de rio. Haveria água. Era um passeio. Desisti porque percebi que iria lá andar imensa gente. Depois veio mais outra parte dentro do mesmo sonho. Estava a planear ir a casa da minha mãe, que já não vejo desde que isto tudo começou, mas falamos todos os dias por telemóvel (isto é real, menos a parte de pensar ir lá a casa agora). De repente lembrei-me que não podia, que iria pô-la em perigo, andando pela casa dela como se nada fosse. Desisti.

Já de manhã, pouco antes de acordar definitivamente, voltei a sonhar com o assunto. Andava tudo na rua. A vida parecia ter voltado à normalidade. Estava numa espécie de feira. Havia grupos de pessoas aqui e ali. Depois dei por mim a entrar numa loja, uma retrosaria. Havia algum cuidado, pareceu-me, porque o número de pessoas lá dentro era limitado. No entanto, mesmo quando eu ia a passar da entrada para dentro, uma mulher cheia de pressa entrou também, dando-me um encontrão. Passou por mim e foi para a zona do balcão.

Depois, já num outro cenário, provavelmente à espera de transporte público. Sentei-me numa ponta de um banco comprido. Na outra ponta, sentou-se uma mulher que me terá reconhecido e veio falar comigo. Respeitou a distância. Entretanto, uma outra mulher acompanhada de uma criança aproximaram-se também, ficando de pé na minha frente. Demasiado perto até. A criança encostou-se mesmo. A mãe logo atrás da filha. Senti o meu espaço invadido e lembrei-me que me tinha esquecido de levar máscara. Ninguém ali andava de máscara. Olhei para as minhas mãos e estava de luvas, daquelas brancas descartáveis que se ajustam à pele. Comentei sobre o facto e tentei pôr algum bom senso na cabeça daquela mãe.

Espero que este meu sonho não seja um prenúncio daquilo que virá a seguir, numa fase já sem estado de emergência, quando todos pudermos sair à rua. Espero sinceramente, que haja mais bom senso, porque esta “guerra” ainda não acabou. Há que ter os outros países como exemplo, os primeiros e que já passaram esta fase. Todos têm voltado a uma segunda vaga da pandemia. Todos e nós não vamos ser excepção. Tenham isto em mente e façam a vossa parte. Continuem a proteger-se mesmo depois de decretada a volta à normalidade. Todos.

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abril 21, 2020

Quarentena - dia 39





















“ É preciso não abrandar nunca, mesmo tendo chegado tão longe.”

É este o lema de momento. É nisto que penso quando olho para trás e vejo a quantidade de dias em que estive literalmente presa em casa. E quando olho para a frente e penso nos muitos que ainda me esperam, sem poder sair. Eu que tinha tantos planos para os próximos tempos. Para o próximo verão. E uma sede tão grande de estrada e de sítios. Dá cá uma agonia que dá até vontade de quebrar as regras um bocadinho. Mas só que não! Depois de tanto esforço, para quê arriscar? É aguentar mais um bocadinho, que a batalha ainda não terminou. E ter fé em que o pior já passou. E que melhores dias virão.

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abril 20, 2020

Quarentena - dia 38





E o Inverno voltou! Ó São Pedro, tu decide-te! Isto é que é um abre e fecha as torneiras do céu. Num dia escancara as janelas ao sol, noutro manda-nos chuva, depois mais uma amostra de sol… Este santinho anda mesmo confuso. E hoje com a chuva veio também o frio. É um daqueles dias em que só apetece passar o dia de pijama embrulhada em mantas a ver filmes. Ou ficar na cama. Mas não fiz nem uma coisa e nem outra. Passei o dia a zanzar de um lado para o outro a tratar de roupas, a pincelar, a apreciar a Milka a achar-se gente…Mas pelo belo arco-íris que pude ver no meu pedaço de céu que se avista daqui, já valeu a pena passar o dia encolhida e a maldizer o santinho de mim para mim.

A chover e a fazer sol e as bruxas a comerem pão mole.

– Não sei quem inventou esta cantilena, mas que eu lhe achava muita piada quando era criança, isso é um facto. Só não sabia que também iria ser uma das ditas cujas, (sem vassoura voadora, mas a gostar do pão bem molinho). eheheh

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abril 19, 2020

Quarentena - dia 37
























Hoje o Sol deu o ar da sua graça por aqui. A energia é logo outra e a vontade de ir apanhar ar aumenta. Como não se pode sair como queremos, vai-se lá para fora cá dentro. Para o quintal, onde os nossos poucos metros quadrados de espaço verde valem ouro. Ou valem bem o ar que respiramos. Puro e cheio de vitamina D. Pelo menos isso. E ainda se comem umas nêsperas, já quase tão amarelas como um sol de Verão. Eu gosto delas bem douradas. Há quem aqui, mal ganhem uma corzita e já lhes chama um figo. E que saudades eu tenho de uma barrigada de figos comidos directamente da figueira. (suspiros)

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abril 18, 2020

Quarentena - dia 36


Hoje a minha irmã fez anos (sim fez, porque nasceu ao mesmo tempo que o Sol, logo pela manhã bem cedinho). Estamos longe, pelo que a quarentena é feita cada qual na sua casa e em países diferentes, mas sempre perto do coração. Em tempos, (ela é emigrante desde muito novinha, faz jus a um mapa tão aventureiro, tão de signo Carneiro), quando uma ficava doente, a outra à distância também ficava. Com os anos isso deixou de ser tão notório, é certo. Às vezes eu sentia-a a minha gémea sem o sermos e mesmo tendo personalidades tão diferentes. O tempo de uma vida partilhado em conjunto limita-se às férias possíveis. Ano após ano. É o que há. Este ano parece-me que nem isso. Este vírus veio para trocar as voltas a todos, não há dúvida. Resta-nos aceitar e agradecer pelo que já nos foi permitido viver em conjunto e ter esperança que para o ano vai ser melhor.

Hoje foi mais um dia fechada em casa, mas o meu pensamento andou longe, a muitas milhas daqui…

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Aspirar o medo




Aspirar o Medo

Nos tempos que vivemos actualmente, em que o medo ocupa grande parte do nosso tempo e dos nossos pensamentos, sair logo esta carta, a Carta que traz uma mensagem para que "aspiremos o medo", tem ainda mais significado. É a primeira carta desta nova rubrica na página do facebook “maga rosa”, e que tirei ao acaso do monte, mas não é por acaso que saiu.

Esta carta pede para invocarmos os Arcanjos Miguel e Rafael, para retirarem de nós e do ambiente à nossa volta, toda e qualquer energia de medo.

Por exemplo, pode imaginar um aspirador a aspirar os seus medos e a limpar todas as partes do seu corpo. (Isto serve para qualquer situação de medo). Na posição de sentado ou deitado, desde que se sinta confortável, mas de modo a manter as costas livres. Pode deitar-se de lado ou de barriga para baixo.

Inspire profundamente e diga (pode ser em silêncio ou voz alta, é como preferir):

“Arcanjo Miguel, invoco-te agora. Por favor, usa o teu íman de cura Divino para retirar quaisquer energias de medo, raiva ou inveja das minhas costas, pescoço e ombros. Por favor, ajuda-me a sentir compaixão por aqueles que me possam ter enviado energias mais densas para que eles possam ser curados pelo amor Divino. Obrigado por tirares de mim e do espaço que me rodeia entidades e energias tóxicas e resultantes de medo.”

(Se preferir pode adaptar as palavras à sua realidade ou usar outras que lhe digam mais, mas não se esqueça de pedir por favor e de no final agradecer.)


- Adaptado do Oráculo da Terapia dos Anjos -

abril 17, 2020

Quarentena - dia 35



A minha Rainha de Copas vai ganhando forma. Pincelada a pincelada, com toda a calma do mundo porque estas coisas requerem tempo e entrega total. Nem é tarefa para se fazer de empreitada, ou com um pé lá e outro a caminho de uma obrigação qualquer. Quanto à pressa, dizem que é inimiga da perfeição. Ali, sou só eu, os meus pincéis e o desenho que tenho em mãos. Quando pinto o tempo pára. Este é um momento de catarse, de expurgar os problemas que possam povoar a mente porque pintar é terapêutico. Pelo menos para mim.



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abril 16, 2020

Quarentena - dia 34




Abril águas mil, já diziam os antigos e este ano o provérbio assenta que nem uma luva. Hoje dei por mim a pensar que pode vir aí uma cheia que nem damos por ela, tal é o isolamento. Fechados em casa e com as notícias só focadas numa coisa, covid-19, o resto passa ao lado. É que passa mesmo. Ainda me lembro das muitas vezes que o Tejo transbordava e a cheia vinha pelos campos até à entrada aqui da nossa pequena cidade. Por vezes só dava para atravessar de barco. Numa dessas vezes, o maridão passou para lá de mota, a seco, e na volta do trabalho teve de atravessar com água pelos joelhos. A pé, de mota à mão e na escuridão da noite. Uma aventura. Ou isso, ou ficava do outro lado. A ponte nova ainda não tinha sido construída. Mas ele não é de hesitações e meteu-se ao caminho. É um homem de coragem.

Nos tempos que correm é mesmo disso que precisamos. De coragem. Uma dose dupla de coragem e outra de fé. Muita fé!


“Fé é acreditar naquilo que não se pode ver, provar ou tocar.”


Fé é acreditar que vai ficar tudo bem!



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abril 15, 2020

Quarentena - dia 33



Para quem segue a minha página de facebook deve ter reparado que não tenho feito a habitual publicação da carta do dia. Quase o tempo todo da quarentena. Não foi propositado. Foi uma escolha de alma. Uma necessidade de recolhimento interior. Sem querer, acabei a fazer uma espécie de purga energética. Hoje voltei a baralhar as cartas do tarot e a abrir mapas astrais. Voltei a decifrar símbolos e a ter a curiosidade típica de qualquer astrólogo. 


Estou a pensar em experimentar uma abordagem diferente. Em vez da carta do dia, usar as minhas cartas dos anjos para deixar mensagens. Por agora. Por um tempo. Depois se verá. Um dia de cada vez. Sigam-me no facebook. Talvez passe a dar mais uso ao Instagram.

A minha filha foi chamada para integrar as equipas que irão trabalhar no hospital de retaguarda. Agora é tempo de formação. Depois se verá. Cada coisa a seu tempo. A cada dia tudo pode mudar. Os tempos actuais são assim mesmo. Nunca se sabe o que nos trará o dia seguinte. Esperemos que não seja necessário. Que a enfermaria improvisada se fique por isso mesmo. Um improviso sem necessidade de ser posto em prática.

Hoje fui encontrar a Joaninha numa pose tão fofa, dentro do alguidar da roupa, que não resisti em pegar na câmara fotográfica. Não pode ser só a Milka a ter lugar de destaque.




















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abril 14, 2020

Quarentena - dia 32












Não é por acaso que o cinzento é das cores que menos gosto. Eu até uso a cor, mas na hora de escolher, lá vão os cinzas e castanhos para o fim da lista. Bem sei que é uma cor moderna em decoração e também sei que combina muito bem com outras cores. É daquelas que dá com tudo. Mas, uma dose maciça de cinzento e o meu organismo levanta logo uma bandeirinha vermelha. Vermelho de stop. De alerta.  

Hoje o dia esteve cinzento. O céu transformou-se numa grande mancha de tonalidades cinza. E o tempo ficou sombrio. Demasiado sombrio para o meu gosto. Cinza não é preto nem branco. Não é a noite e nem o dia. Fica-se ali pelo meio termo. É um entardecer em pelo dia mas sem os dourados de um bonito pôr-do-sol. Para mim, não há tempo mais chato do que este. Aborrecido e deprimente.

(imagem da net, à falta de uma foto do dia)

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abril 13, 2020

Quarentena- dia 31




Hoje foram os 5 em casa, coisa rara por aqui a tempo inteiro. Isto faz-me lembrar daquelas séries de livros de aventuras, dos cinco, dos sete e outras mais… Onde há sempre um cão. Aqui há até mais do que um, mas há uma que está sempre no centro das peripécias, a Milka. A que vive aqui em casa e tem privilégios que as outras não têm. Que tem lugar especial no quarto da dona. A companheira inseparável e admirável defensora. A melhor amiga. A filha. O amor incondicional. A Milka, doce como o chocolate que lhe deu o nome, mas azeda como um limão quando sente ameaça por perto. A nossa querida Milka que é parte importante sempre, mas em especial nesta aventura de isolamento social. Sem ela, os dias em casa não seriam a mesma coisa.

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abril 12, 2020

Quarentena - dia 30






Já se passou 1 mês. Trinta dias desde que esta saga começou. Trinta dias sem sair à rua por um bem maior, o bem da família, da comunidade, da humanidade… E o futuro continua incerto. Uma incógnita. Quero acreditar que o verão será uma lufada de ar fresco e esta interrupção foi só uma pausa para o planeta respirar. Quero acreditar que iremos ter as nossas vidas de volta e tudo volta a ser como antes. Ou melhor, vamos poder retomar os planos que ficaram parados no tempo. Vamos poder respirar o ar lá de fora sem medos. Mas até lá, é um dia de cada vez. A fazer o melhor que podemos em cada um desses dias.

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abril 11, 2020

Quarentena - dia 29







“A vida pode ser uma aventura intrépida, ou nada. Olhar sempre para a mudança e agir como um espírito livre na presença do destino é uma força impossível de derrotar” – Hellen Keller

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