setembro 13, 2022

O casamento

 



Faz hoje um mês que casou a minha filha mais velha. A minha deusa grega. Bem sei que Diana era uma deusa romana e Artémis sim, é a sua versão grega. Para mim vai dar no mesmo e grega ou romana, a minha Diana estava uma princesa. Ela é uma princesa. Estava linda, linda, no dia que escolheu para se tornar numa senhora casada. Sou uma mãe e avó embevecida com a sua prole.

 

O grande dia demorou a chegar, mas no momento H passou num ápice. Desde 2020 a adiar. Como diz o ditado, à terceira é de vez. E foi! Já aconteceu e hoje à distância de 1 mês, sinto que passou depressa demais e ocupada como estava a viver o momento e a cuidar da minha pequenina esqueci-me de fotografar tantos pormenores que queria.

















No cartão da minha máquina encontrei uma única foto onde apareço, meio que desfocada, para dar lugar à mesa no primeiro plano. É o que há. Entre as do fotógrafo arranja-se mais alguma, mas isso fica para uma outra publicação. Isto vai por episódios! ;)



Foram dias muito ocupados, tivessem 48 horas e ainda eram poucas. As lembranças ficaram por nossa conta e obra (eu e a noiva), mas lá está, com a pressa ficaram a faltar as fotos para colocar aqui. Apenas há um vislumbre das mesmas em cima da minha mesa. Saquinhos de alfazema, bases para copos em madeira trabalhada também por nós. E colheres íman. Para as crianças, polvos em tons lilás, feitos pela Diana. Tudo a condizer com o tema, ou temas. Em 3 anos algumas ideias mantiveram-se e outras sofreram alterações. Faz parte. É assim a vida, sempre em constante mutação. O mesmo aconteceu com a placa de boas vindas que pintei com tanto carinho, nem uma única foto no meu cartão. A ver se tenho mais sorte com as do fotógrafo, que ainda só vi por alto.

 





Os centros de mesa fomos decorá-los à véspera à quinta. Simples, mas elegantes. Criativos também. Garrafas com água e um raminho lá dentro, cortados à minha artemísia. Valeram as garrafas aqui da adega de Almeirim, que o pessoal da casa foi esvaziando e eu guardando. Frascos de produtos vários, onde colocámos umas singelas flores. Os botões de rosa (e as pétalas à porta da igreja), vieram da nossa futura casa que andei a cuidar e regar com todo o carinho e atenção ao longo do verão. Agradeceram-me florindo o quanto precisava. Sou grata à natureza por esta oferta. Ingredientes especiais para identificar os convidados e em cada mesa uma receita da Diana ou do João. Na minha mesa o ingrediente especial foi a salsa, por acaso ou com intenção, só a Diana saberá. Que é algo que, diz ela, a leva de volta à infância e ao nosso quintal, é um facto. 





setembro 01, 2022

Quem sai aos seus...

 












Tal avô, tal neta.

Dêem-lhe música e ela fica feliz. Há uns meses descobriu a viola pequenina (cavaquinho) no alto de um móvel e não descansou enquanto o avô não lha deu. E ele, não resistiu à insistência da sua menina. Volta e meia e é isto. Corda para as mãos da menina do seu avô. Ou teclas. E ela vibra. E faz coro com ele.

Estes “cinco tostões de gente” enchem a casa, o nosso coração e o orgulho (já sem falar no tempo). E toda ela é música. Quando sai connosco, no banco do meio da carrinha, vai e volta a cantar.

Ela toca. Ela canta. Ela dança. Ela faz de bateria qualquer superfície que encontre enquanto trauteia uma música que lhe tenha ficado no ouvido.

Esta é a menina do seu avô. 

 

Ps. Estas fotos já têm 3 meses e o texto quase outro tanto mas continua sempre actual, mesmo que a menina do seu avô, no mês de Agosto tenha estado muito menos tempo connosco. 




Aqui, estava ela a cantar.